Durão Barroso integra grupo de reflexão e aconselhamento sobre a Defesa da Europa

A ideia é de Andrius Kubilius, comissário europeu para a Defesa, que pretende que estas personalidades possam refletir e aconselhar sobre a defesa da Europa.
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Durão Barroso, antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, vai integrar um grupo de alto nível para refletir e aconselhar a Europa em matérias de Defesa.

Este grupo foi criado pelo comissário europeu para a Defesa, o ex-primeiro-ministro lituano Andrius Kubilius e a ideia surge “na sequência dos efeitos causados pela invasão da Ucrânia pela Rússia”.

De acordo com o comunicado divulgado esta quinta-feira, 9 de outubro, além de Durão Barroso, outros antigos governantes dos Estados-membros da União Europeia, como o italiano Enrico Latta, que é agora o presidente do Instituto Jacques Delors, bem como o sueco Carl Bildt e o belga Herman van Rompuy.

Entre os convidados para este grupo de reflexão estão ainda dois antigos governantes de países que não pertencem à UE, nomeadamente o antigo primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk e o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros britânico David Milliband.

Estas personalidades têm em comum terem feito intervenções públicas sobre assuntos de defesa na Europa, devido à guerra na Ucrânia. Aliás, em declarações recentes ao jornal francês Le Monde, Enrico Letta afirmou que a “segurança europeia é um objetivo muito mais amplo do que eficácia defensiva militar”. Já Carl Bildt, antigo primeiro-ministro sueco, escreveu em julho que “os líderes políticos europeus, ao se comprometerem a aumentar os gastos na Defesa e a apoiar a Ucrânia na sua guerra contra a Rússia, têm agora de se confrontar com as dolorosas compensações orçamentais necessárias para financiar tais compromissos”.

Arseniy Yatsenyuk, que governou a Ucrânia entre 2014 e abril de 2016 e teve de lidar com a invasão da Crimeia, tem sido uma voz muito ativa na condenação das ações militares russas, tendo esta semana, em declarações à estação de televisão norte-americana CNN, insistido na “necessidade de confiscar ativos russos de forma a financiar a defesa ucraniana”.

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