Um mergulhador craniano procurado pela Alemanha pelo seu alegado envolvimento nas explosões do Nord Stream, foi detido na Polónia, informou esta terça-feira, 30 de setembro, o advogado do próprio."Esta manhã, foi detido numa cidade perto de Varsóvia", disse o advogado de Volodymyr Z., Tymoteusz Paprocki, citado pela Reuters.A estação privada RMF FM foi a primeira a noticiar a detenção. Segundo a emissora, Volodymyr Z. foi detido em Pruszkow, a oeste da capital.Paprocki afirmou que a defesa de Volodymyr Z. se vai opor a uma transferência para a Alemanha, argumentando que a execução do mandado de captura europeu é inadmissível, tendo em conta a guerra da Rússia na Ucrânia..ONU diz que sabotagem do Nord Stream levou à maior libertação de metano pelo homem. "O ataque às infraestruturas do Nord Stream diz respeito a um dos proprietários do gasoduto, a Gazprom, que financia diretamente as operações militares na Ucrânia", afirmou.Em agosto, a polícia italiana deteve um ucraniano suspeito de coordenar os ataques, Serhii K., que luta contra a extradição em Itália depois de um tribunal ter ordenado a sua transferência para a Alemanha..Ucraniano detido por sabotagem do gasoduto Nord Stream recusa extradição para a Alemanha. Os investigadores alemães acreditam que Volodymyr Z. fazia parte da equipa que montou os explosivos, noticiaram os jornais SZ e Die Zeit em agosto, juntamente com a emissora ARD, que citaram fontes não identificadas.As explosões destruíram três dos quatro gasodutos Nord Stream, que se tornaram um símbolo controverso da dependência alemã do gás russo após a invasão russa da Ucrânia.O Nord Stream é um conjunto de gasodutos de gás natural, composto pelo Nord Stream I e pelo Nord Stream II, que vão da Rússia à Alemanha através do Mar Báltico.Em setembro de 2022, quatro fugas foram detetadas nos gasodutos, perto da ilha de Bornholm, na Dinamarca. As fugas ocorreram em águas internacionais dentro das zonas económicas da Dinamarca e da Suécia.Após o incidente, autoridades dinamarquesas, alemãs e suecas iniciaram investigações separadas sobre as explosões, com a Rússia a argumentar que se tratou de um ato deliberado de terrorismo.Em fevereiro de 2023, Dinamarca, Alemanha e Suécia indicaram que o incidente deveu-se a um ato de sabotagem.Em fevereiro de 2024, as autoridades dinamarquesas e suecas encerraram as suas respetivas investigações, alegando falta de fundamento para a instauração de um processo criminal. A Alemanha é o único país com uma investigação nacional em andamento sobre o incidente.