De Niro chama Trump de “palhaço” em frente ao tribunal e pede votos para Biden
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De Niro chama Trump de “palhaço” em frente ao tribunal e pede votos para Biden

Ator, um veterano ativista político e crítico de Trump, disse aos jornalistas que cobriam o julgamento que o ex-presidente (2017-2021) se tornará um ditador vitalício se for eleito em novembro.
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O ator Robert De Niro chamou esta terça-feira o magnata republicano Donald Trump de "palhaço" perigoso para a democracia, num discurso em frente ao tribunal de Nova Iorque onde o ex-presidente americano tem estado a ser julgado.

De Niro, um veterano ativista político e crítico de Trump, disse aos jornalistas que cobriam o julgamento que o ex-presidente (2017-2021) se tornará um ditador vitalício se for eleito em novembro.

"Quando Trump concorreu em 2016, foi como uma piada. Temos uma segunda chance e agora ninguém está a rir. Este é o momento de detê-lo", disse De Niro, que também chamou Trump de "tirano".

A inesperada manifestação de Robert De Niro ocorreu a meio de um cenário barulhento de manifestantes pró-Trump e alarmes de carros.

O ator tem assumido um papel cada vez mais importante na campanha de reeleição do presidente dos EUA, Joe Biden, e inclusivamente protagoniza uma nova propaganda televisiva do Partido Democrata.

De Niro alertou sobre uma possível vitória de Trump: "Se ele voltar à Casa Branca, posso dizer desde já que ele nunca sairá de lá".

"Queremos que ele governe este país e diga: 'Não vou embora? Sou um ditador vitalício'", acrescentou. "A única maneira de preservar as nossas liberdades e manter a nossa humanidade é votar em Joe Biden para presidente", disse o famoso ator, estrela de filmes como "Taxi Driver", "O Padrinho - Parte II" e "Tudo Bons Rapazes".

Trump acusa juiz do julgamento em Nova Iorque de ser corrupto

O ex-presidente dos EUA Donald Trump acusou esta terça-feira o juiz que preside ao seu julgamento em Nova Iorque de ser corrupto, quando este processo chega à fase final.

À entrada para o tribunal, Trump -- que está em campanha como candidato republicano para tentar regressar à Casa Branca, nas eleições presidenciais de novembro próximo - criticou mais uma vez a situação judicial em que está envolvido, alegando que este é "um julgamento que não deveria ter ocorrido".

Trump criticou também o juiz que preside ao julgamento, Juan Merchan, chamando-lhe corrupto e acrescentou que este é "um dia perigoso para a América".

Depois de seis semanas de intensos debates na sala de tribunal, a defesa e a acusação tiveram esta terça-feira uma última oportunidade de convencer o júri - sete homens e cinco mulheres chamados a decidir sobre este caso com riscos políticos para o candidato republicano nas eleições de 05 de novembro.

O Ministério Público de Nova Iorque alega que o 45.º presidente dos Estados Unidos (2017-2021) foi de facto culpado de falsificar os documentos contabilísticos do seu grupo de empresas, a Organização Trump, para ocultar um pagamento à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels para evitar um escândalo sexual, no final da sua campanha presidencial de 2016.

Os procuradores insistem que através deste pagamento - que comparam a uma despesa oculta de campanha - Donald Trump corrompeu a eleição de 2016, ao comprar o silêncio da atriz sobre uma relação sexual que ela afirma ter tido com ele em 2006, quando este já era casado com Melania.

Donald Trump nega ter tido qualquer relação sexual com Stormy Daniels e apresenta-se como vítima de uma cabala política, tendo recusado fazer qualquer depoimento durante o julgamento.

Se for considerado culpado, o candidato presidencial republicano, de 77 anos, poderá recorrer e, em qualquer caso, aparecer nos boletins de voto no dia 5 de novembro.

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