Chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak (à direita), com o enviado especial de Trump, Keith Kellogg.
Chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak (à direita), com o enviado especial de Trump, Keith Kellogg.EPA / GABINETE DE IMPRENSA DA PRESIDÊNCIA DA UCRÂNIA

Chefe de gabinete de Zelensky alvo de buscas em investigação de corrupção

Yermak confirmou buscas a sua casa, no âmbito de processo que envolve a empresa estatal Energoatom, responsável pela energia nuclear no país.
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As autoridades anticorrupção da Ucrânia realizaram esta sexta-feira, 28 de novembro, buscas na residência de Andrei Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, no âmbito de uma investigação que envolve a empresa estatal Energoatom, responsável pela energia nuclear no país.

A informação foi confirmada pela Agência Nacional Anticorrupção da Ucrânia e pela Procuradoria Especializada Anticorrupção. Num comunicado conjunto, citado pela agência Reuters, as duas entidades explicaram que as operações foram autorizadas e fazem parte de um processo ainda em curso.

Yermak reconheceu, através da rede social Telegram, que as buscas estavam a decorrer em sua casa e garantiu estar a colaborar.

O dirigente é uma das figuras mais próximas de Zelensky e tem tido um papel central nas negociações diplomáticas em busca de um acordo de paz que trave a guerra provocada pela Rússia desde a invasão da Ucrânia em 2022.

No início do mês, as mesmas agências estatais ucranianas revelaram uma investigação alargada sobre um alegado esquema de subornos avaliados em cerca de 100 milhões de dólares dentro da empresa de energia Energoatom. O caso envolve antigos altos responsáveis e um ex-sócio de Zelensky, aumentando a pressão política sobre o governo cuja legitimidade é questionada pelo presidente russo Vladimir Putin.

Apesar de Yermak não ter sido formalmente identificado como suspeito, vozes da oposição e alguns deputados do partido no poder têm pedido a sua saída, lembra a Reuters.

Para já, a Presidência ucraniana mantém silêncio sobre o futuro de Yermak e limita-se a garantir que as instituições têm liberdade total para investigar.

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