"Capitólio? No Brasil, sem voto impresso, será pior em 2022", diz Bolsonaro
Presidente do Brasil voltou a falar em "fraudes" na eleição americana e a atacar o sistema brasileiro do voto eletrónico, considerado um dos mais seguros e rápidos do mundo
"Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema piores do que os Estados Unidos agora", disse na quinta-feira, dia 7, Jair Bolsonaro, a apoiantes em frente ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.
"O pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente, qual foi o problema, a causa desta crise toda? Falta de confiança no voto. Lá o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes. Mortos votaram. Foi uma festa lá. Ninguém pode negar isso daí", disse o presidente do Brasil sem apresentar provas das suas conclusões.
As alegações do presidente norte-americano cessante Donald Trump de fraude eleitoral foram desmentidas em dezenas de ações judiciais nos Estados Unidos. E a tese de que mortos votaram negada pelas autoridades eleitorais do Partido Republicano, o mesmo de Trump, no estado de Geórgia, ganho pelo democrata Joe Biden.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
"Ontem, nos Estados Unidos, até bloquearam o Trump nas redes sociais. Um presidente eleito, ainda presidente, tem suas medias bloqueadas...", desabafou ainda, em tom crítico.

© EPA
Bolsonaro recusou-se também a condenar a invasão, na quarta-feira à noite, de apoiantes do candidato norte-americano derrotado nas eleições durante a ratificação de Biden como presidente, no Congresso dos Estados Unidos, em Washington.
"Eu acompanhei tudo. Mas vocês sabem que eu sou ligado ao Trump. Então vocês já sabem qual é a minha resposta aqui. Agora muita denúncia de fraude, muita denúncia de fraude. Eu falei isso há um tempo atrás e a imprensa falou: "sem provas, o presidente Bolsonaro falou que foi fraudada a eleição americana...", concluiu o chefe de estado do Brasil.
Partilhar
No Diário de Notícias dezenas de jornalistas trabalham todos os dias para fazer as notícias, as entrevistas, as reportagens e as análises que asseguram uma informação rigorosa aos leitores. E é assim há mais de 150 anos, pois somos o jornal nacional mais antigo. Para continuarmos a fazer este “serviço ao leitor“, como escreveu o nosso fundador em 1864, precisamos do seu apoio.
Assine aqui aquele que é o seu jornal