Ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro
Ex-presidente brasileiro, Jair BolsonaroEPA / ANDRE BORGES

Bolsonaro começa a cumprir pena efetiva 

Com o trânsito em julgado do caso do golpe de estado, prisão de ex-presidente passa de preventiva a consumada. Generais também foram presos.
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Jair Bolsonaro começou, na tarde desta terça-feira, 25 de novembro, a cumprir a pena efetiva de prisão de 27 anos e quatro meses a que foi condenado por tentativa de golpe de estado e outros crimes. 

“Determino o início de cumprimento da pena, em regime inicial fechado”, decidiu Alexandre de Moraes, juiz do Supremo, horas depois do tribunal declarar o trânsito em julgado, quando não cabem mais recursos, do processo.

Além de Bolsonaro, que continuará na sala da superintendência da Polícia Federal onde cumpria prisão preventiva depois de ter forçado a pulseira eletrónica, a Polícia Federal do Brasil prendeu, ainda nesta terça-feira, dois generais -- e ex-ministros -- de Bolsonaro condenados ao lado do ex-presidente. 

Augusto Heleno, que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Paulo Sérgio Nogueira, que ocupou a pasta da Defesa, foram encaminhados para o Comando Militar do Planalto, em Brasília. 

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, também viram o STF encerrar os respectivos processos, e vão cumprir as penas na prisão da Papuda e no comando da Marinha, respetivamente.

Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência de Inteligência do Brasil que está foragido nos EUA, é outro que teve a prisão decretada. 

Mauro Cid, ajudante de Bolsonaro que assinou acordo de delação com a polícia, ainda aguarda recursos. 

Dos oito condenados no núcleo principal do golpe de estado, o general Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice de Bolsonaro, era o único já detido, desde dezembro de 2024.

Correspondente do DN em São Paulo

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