Jair Bolsonaro começou, na tarde desta terça-feira, 25 de novembro, a cumprir a pena efetiva de prisão de 27 anos e quatro meses a que foi condenado por tentativa de golpe de estado e outros crimes. “Determino o início de cumprimento da pena, em regime inicial fechado”, decidiu Alexandre de Moraes, juiz do Supremo, horas depois do tribunal declarar o trânsito em julgado, quando não cabem mais recursos, do processo.Além de Bolsonaro, que continuará na sala da superintendência da Polícia Federal onde cumpria prisão preventiva depois de ter forçado a pulseira eletrónica, a Polícia Federal do Brasil prendeu, ainda nesta terça-feira, dois generais -- e ex-ministros -- de Bolsonaro condenados ao lado do ex-presidente. Augusto Heleno, que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Paulo Sérgio Nogueira, que ocupou a pasta da Defesa, foram encaminhados para o Comando Militar do Planalto, em Brasília. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, também viram o STF encerrar os respectivos processos, e vão cumprir as penas na prisão da Papuda e no comando da Marinha, respetivamente.Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência de Inteligência do Brasil que está foragido nos EUA, é outro que teve a prisão decretada. Mauro Cid, ajudante de Bolsonaro que assinou acordo de delação com a polícia, ainda aguarda recursos. Dos oito condenados no núcleo principal do golpe de estado, o general Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice de Bolsonaro, era o único já detido, desde dezembro de 2024.Correspondente do DN em São Paulo