Biden na Sala Oval da Casa Branca.
Biden na Sala Oval da Casa Branca.EPA/EVAN VUCCI

Biden: "Nada se pode interpor no caminho de salvar a democracia"

Presidente norte-americano explica ao mundo porque decidiu retirar-se da corrida presidencial. "Este foi o momento de passar o testemunho a uma geração mais nova".
Publicado a
Atualizado a

O presidente norte-americano, Joe Biden, fez este início de madrugada uma intervenção, a partir da Sala Oval da Casa Branca, a explicar por que razão decidiu sair da corrida à presidência dos EUA.

Para Biden, nestas eleições é a democracia que está e jogo e "acima da ambição pessoal" é a sua defesa que deve ser posta em primeiro lugar.

"Nada pode interpor-se no caminho de salvar a democracia", afirmou Joe Biden. "E isso implica passar o testemunho a uma geração mais nova. Esse momento é agora", afirmou durante o discurso de 12 minutos.

Afirmando que "foi a honra da [sua] vida" servir o povo americano, Biden fez questão de sublinhar os princípios da democracia.

"Isto não é acerca de mim, é acerca de si, da sua família. É acerca de 'nós o povo'", afirmou, numa alusão às primeiras palavras da Declaração da Independência dos EUA.

Uma ideia a que voltará mais tarde: "A América é uma ideia - de que somos todos criados iguais, Nunca desenvolvemos completamente esta ideia sagrada, mas também nunca nos afastámos completamente dela".

Também por isso, diz Biden, estas eleições são tão importantes: "Os EUA estão num ponto de viragem. Temos de decidir se ainda acreditamos na liberdade e no respeito".

Mas mostra-se, apesar de tudo, otimista. "Somos uma grande nação porque somos boas pessoas", faz questão de dizer.

Biden defende o seu trabalho na Casa Branca, lembrando mesmo que é o "primeiro presidente em que a América não está em guerra em lugar nenhum do mundo", e promete que "nos próximos seis meses [irá] continuar a trabalhar em prol dos americanos, para proteger as crianças da violência das armas, na luta contra o cancro, para que a América continue líder do mundo livre".

A encerrar, e após agradecer à "incrível vice-presidente Kamala Harris", regressa à ideia de que, na república dos Estados Unidos da América, "não existem reis". 

Aqui, "reis e ditadores não mandam, o povo é que manda".

"Somos uma nação de fazedores, de pessoas normais a fazer coisas extraordinárias. Espero que saibam como", apelou.

"Vamos fazê-los juntos", concluiu.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt