Mais 21 mortos durante este domingo em Gaza.
Mais 21 mortos durante este domingo em Gaza. EPA/MOHAMMED SABER

Ataques israelitas matam 125 pessoas em Gaza desde o início do fim de semana

Ataques contra a Faixa de Gaza provocaram, neste domingo, pelo menos, 21 mortos, segundo fontes do Ministério da Saúde e da Defesa Civil da capital do enclave.
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O fogo israelita provocou sábado a morte de 104 palestinianos, segundo as autoridades sanitárias de Gaza, que adiantam que os poucos hospitais da região apenas têm combustível para mais dois dias. Neste domingo, segundo reporta a agência noticiosa espanhola EFE, os bombardeamentos das forças israelitas voltaram a atingir praticamente todos os pontos de uma Faixa de Gaza, tendo-se registado, pelo menos, 21 vítimas mortais, o que eleva para 125 o número deste fim de semana.

No norte, pelo menos oito pessoas morreram após um bombardeamento sobre a cidade de Jabalia, onde as tropas israelitas destruíram habitações e infraestruturas civis, segundo o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas. A oeste da cidade de Beit Lahia, a artilharia israelita matou mais um civil e provocou vários feridos. Na cidade de Gaza, o exército de Israel abriu fogo contra um grupo de civis na zona de Shujaiya, causando uma morte e múltiplos feridos.

Na zona de Mawasi, em Khan Yunis, densamente povoada com tendas de deslocados, um ‘drone’ israelita matou cinco pessoas, incluindo duas crianças. Ainda em Khan Yunis, as equipas médicas recuperaram os corpos de dois civis na zona leste, segundo a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.

Por outro lado, pelo menos cinco pessoas morreram nesta madrugada – uma no centro e quatro no sul da Faixa de Gaza – enquanto esperavam junto aos novos centros de distribuição de alimentos, atingidas por disparos do Exército, confirmou o Ministério da Saúde à EFE. 

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Mais de 80 pessoas ficaram feridas nesses incidentes, segundo as mesmas fontes.

Relativamente às vítimas de sábado, o Ministério da Saúde de Gaza informou hoje que 104 pessoas morreram em diversos ataques.

Fontes médicas indicaram à EFE que, dessas vítimas, 36 morreram numa série de ataques contra tendas de deslocados na zona de al-Mawasi (a sul de Khan Yunis), oito em Rafah (sul) e outras seis num ataque aéreo contra um grupo de civis em Bani Suheila (leste de Khan Yunis). 

Registaram-se ainda mais mortos noutros ataques ao longo de Khan Yunis.

Fontes médicas, citadas pela agência Wafa, lamentaram que muitos feridos tenham dificuldade em chegar aos hospitais do sul devido aos “ataques contínuos”, alertando que as reservas de combustível só deverão durar mais dois dias.

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