O ataque aéreo israelita contra uma redação em Sanaã, capital do Iémen, no dia 10 de setembro, tornou-se o segundo mais letal contra jornalistas alguma vez registado, segundo o Comité de Proteção dos Jornalistas (CPJ), citado pelo The Guardian.O bombardeamento em questão atingiu um complexo que abrigava três órgãos de imprensa ligados aos Houthis. No local estavam dezenas de profissionais a concluir a edição semanal do jornal 26 September. Pelo menos 35 pessoas morreram, entre elas 31 jornalistas e funcionários da imprensa, além de uma criança, e 131 ficaram feridas, de acordo com o ministério da Saúde controlado pelos Houthis.O CPJ sublinhu que apenas o massacre de Maguindanao, nas Filipinas, em 2009, no qual foram assassinados 58 civis, incluindo 32 jornalistas, causou mais mortes entre profissionais da comunicação social. “Foi um ataque brutal e injustificado”, declarou Nasser al-Khadri, editor-chefe do 26 September, citado pelo comité.As Forças de Defesa de Israel justificaram a operação com a destruição de “alvos militares” dos Houthis em Sanaá, incluindo o departamento de relações públicas do movimento, acusado de difundir “terror psicológico”. Tel Aviv apresentou os ataques como resposta aos disparos de mísseis e drones contra Israel, reivindicados pelos Houthis em solidariedade com os palestinianos na guerra em Gaza.O CPJ acusa Israel de adotar um padrão de ataques contra jornalistas em diferentes países, retratando-os como combatentes. Desde 7 de outubro de 2023, pelo menos 247 profissionais da comunicação foram mortos em Gaza, segundo o gabinete de direitos humanos da ONU. De acordo com o relatório, há ainda registo de mortes de jornalistas no Líbano em bombardeamentos israelitas..Israel diz não ter jornalistas como alvo “como tal”. Já morreram 192 na Faixa de Gaza .Ataque israelita no Iémen matou primeiro-ministro dos Houthis, confirmou grupo rebelde que prometeu vingança