Após libertação de três reféns, Biden congratula-se por deixar "região fundamentalmente transformada"
O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, saudou este domingo o cessar-fogo em Gaza, apontando que o acordo que propôs em maio se materializou e que deixa uma "região fundamentalmente transformada".
"As armas calaram-se em Gaza", disse Biden, numa declaração sem perguntas, naquela que foi a sua primeira reação ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas e que surgiu minutos após a libertação dos primeiros reféns israelitas ao abrigo do acordo.
"O acordo que propus pela primeira vez em maio passado para o Médio Oriente materializou-se finalmente. O cessar-fogo entrou em vigor em Gaza e hoje estamos a assistir à libertação de mulheres israelitas que estiveram detidas contra a sua vontade em túneis escuros durante 470 dias", registou.
Biden destacou ainda a entrada de dezenas de camiões com ajuda humanitária no território palestiniano, ao abrigo do acordo.
A presidência de Biden termina na segunda-feira, dia em que é empossada a nova administração norte-americana, do presidente eleito, Donald Trump.
Biden dedicou ainda algumas palavras ao Hamas e às negociações que deverão ser difíceis para prolongar o cessar-fogo, estando prevista uma nova ronda de conversações dentro de 16 dias.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, pr seu lado, disse que é com "alívio" que vê os primeiros reféns israelitas serem libertados e defende que "a paz é o único caminho a seguir".
"É com alívio que vejo finalmente os primeiros reféns a serem libertados e a ajuda humanitária a entrar, à medida que o cessar-fogo entra em vigor em Gaza", escreveu António Costa, na sua conta na rede social X.
Na opinião do presidente do Conselho Europeu, o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas "traz um vislumbre de esperança muito necessário para a região".
Na mensagem, António Costa defende que "todas as partes devem aderir ao acordo" e conclui afirmando que "a paz é o único caminho a seguir".
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11:15 locais (9:15 em Lisboa), com quase três horas de atraso em relação ao previsto.
A Faixa de Gaza deverá conhecer uma trégua, pela primeira vez desde novembro de 2023, após o acordo alcançado por Israel e pelo Hamas para parar temporariamente as hostilidades e facilitar a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.
A libertação de três mulheres raptadas ocorreu na tarde deste domingo. Dentro de uma semana serão libertadas outras quatro mulheres.