Antigo polícia britânico condenado a prisão perpétua por atacar e violar mulheres

David Carrick foi expulso da Polícia Metropolitana de Londres em janeiro, após 22 anos de serviço. Declarou-se culpado de 85 crimes, incluindo 48 violações, entre 2003 e 2020.

Um antigo agente da polícia britânica foi esta terça-feira condenado a prisão perpétua com uma pena efetiva de 30 anos e 239 dias por atacar uma dúzia de mulheres ao longo de 17 anos.

David Carrick, de 48 anos, que foi expulso da Polícia Metropolitana de Londres em janeiro após 22 anos de serviço, declarou-se culpado de 85 crimes contra 12 mulheres, incluindo 48 violações, entre 2003 e 2020.

A sentença foi lida no Tribunal Criminal Southwark, no sul de Londres.

Os crimes de Carrick foram todos cometidos enquanto esteve ao serviço da força policial, incluindo em embaixadas e no Parlamento.

Segundo a polícia, Carrick conhecia as vítimas em sites eletrónicos ou em lugares públicos, usando o estatuto de agente de segurança para conquistar confiança.

Algumas das mulheres foram abusadas durante anos, por vezes trancadas num pequeno armário debaixo da escada durante horas sem comida, chamadas de "escravas", controladas financeiramente e isoladas socialmente.

"Ele adorava humilhar as vítimas e usava habilmente a posição profissional para fazê-las perceber que era inútil pedir ajuda, porque nunca acreditariam nelas", revelou o inspector Iain Moor.

Carrick só foi detido em 2021 por uma acusação de violação, o que desencadeou uma série de outros testemunhos e denúncias.

"Em nome da Polícia Metropolitana, quero pedir desculpas às mulheres que sofreram nas mãos de David Carrick. Devíamos ter percebido identificado o comportamento e, como não o fizemos, perdemos oportunidades para o remover", lamentou a comissária adjunta, Barbara Gray.

Este caso surge apenas dois anos após o caso chocante de Sarah Everard, de 33 anos, que foi violada e morta de forma violenta por outro agente, Wayne Couzens, em março de 2021.

A Polícia Metropolitana de Londres diz estar agora a rever 1.633 casos que envolvem 1.071 dos seus funcionários acusados de violência doméstica ou crimes sexuais.

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