Ozil com Erdogan, numa foto que provocou polémica em 2018
Ozil com Erdogan, numa foto que provocou polémica em 2018EPA

Antigo internacional alemão inicia carreira política no partido de Erdogan

Mesut Ozil tinha abandonado a seleção alemã após uma polémica foto com o presidente turco em 2018
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Mesut Ozil, antigo médio do Arsenal e do Real Madrid, e ex-internacional alemão, começou uma nova carreira, ao ingressar no universo da política turca, país de origem dos seus pais. O ex-jogador, de 36 anos, foi nomeado no domingo para o Conselho Central de Decisão e Gestão do AKP, partido liderado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan, durante um congresso do partido.

Ozil, que conquistou o Campeonato do Mundo com a Alemanha em 2014, já tinha uma relação de proximidade com Erdogan, o que lhe valeu mesmo algumas críticas ao longo da carreira. Em 2018, uma foto do jogador com o presidente turco em Londres gerou polémica, levando-o a retirar-se da seleção alemã, cinco anos antes de terminar a carreira.

Na altura, o então líder da federação alemã de futebol, Reinhard Grindel, acusou Ozil de deixar-se “explorar” politicamente por Erdogan. Vários políticos alemães também questionaram a lealdade do futebolista ao país.

Ao anunciar a sua despedida do futebol internacional, Ozil defendeu-se, alegando que as críticas tinham um fundo racista. “A foto não tinha intenções políticas. Era apenas sobre respeitar o mais alto cargo do país da minha família”, declarou. A ligação com Erdogan aprofundou-se ainda mais em 2019, quando o presidente turco foi um dos convidados presentes no casamento de Ozil em Istambul.

Após deixar o Arsenal em 2021 para jogar no Fenerbahçe, na Turquia, e depois no Istanbul Basaksehir, onde pendurou as chuteiras em 2023, Ozil agora assume um novo papel ao lado de Erdogan, que lidera a Turquia há mais de 20 anos sob críticas dos opositores, que o acusam de concentrar poderes e transformar o país numa autocracia.

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