Andrej Babis foi nomeado esta terça-feira, 9 de dezembro, primeiro-ministro da Chéquia, numa cerimónia realizada dois meses depois do seu partido, o ANO, ter vencido as legislativas. O milionário regressa ao poder após quatro anos na oposição, período em que trocou o centro liberal pelo populismo, tendo ajudado a fundar o grupo dos Patriotas pela Europa, ao qual também pertence o Fidesz, do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.O presidente Petr Pavel, durante a cerimónia de nomeação, apelou a Babis para que mantenha relações sólidas com Bruxelas e a Aliança Atlântica no atual contexto de segurança. “Temos de resolver uma série de questões, o que não será agradável para o público, exigirá não só visão, mas também coragem, exigirá que não coloquemos em dúvida os nossos laços com a UE e a NATO, e uma abordagem construtiva”.A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, felicitou Babis pela sua nomeação, mas avisou o novo governante da responsabilidade que a Europa enfrenta ao entrar em discussões cruciais sobre a sua segurança, numa referência à reunião dos líderes dos 27 do próximo dia 18 e na qual já representará Praga. “Parabéns, @AndrejBabis, pela sua nomeação como primeiro-ministro da República Checa. A UE enfrenta desafios crescentes. O seu país tem um papel importante a desempenhar no avanço da nossa agenda europeia de prosperidade e segurança. Aguardo com expectativa a oportunidade de trabalhar consigo, a começar pelo próximo Conselho Europeu”.O governo de Babis vai incluir, além do ANO, o partido de extrema-direita pró-russo SPD, e o partido Motoristas por Si Mesmos, opositor das políticas climáticas da União Europeia. O novo primeiro-ministro checo tem criticado as instituições de Bruxelas e prometeu cortar a ajuda à Ucrânia do orçamento nacional, bem como defender os interesses do país interna e externamente. “Vamos propor que a UE também resolva outras questões, não só a ajuda à Ucrânia, mas também problemas relacionados com a energia, o imposto sobre o valor acrescentado e as evasões tarifárias”, afirmou esta terça-feira Babis, acrescentando que “a UE preocupa-se demasiado com as despesas e de menos com as receitas.”.Babis, o magnata que ameaça virar a Chéquia contra a Ucrânia