A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, assegurou esta segunda-feira a Kiev que a Alemanha tudo fará para garantir a segurança da Ucrânia, ao mesmo tempo que repetiu o seu desejo de um "diálogo sério" com a Rússia.."Faremos tudo para garantir a segurança da Ucrânia, faremos tudo para garantir a segurança da Europa", sublinhou a chefe da diplomacia alemã numa conferência de imprensa com o seu homólogo ucraniano no final de uma reunião bilateral em Kiev.."Estamos prontos para iniciar um diálogo sério com a Rússia", acrescentou, numa tentativa de desmontar uma situação atual "extremamente perigosa"..Por seu lado, Kouleba disse ter abordado a questão das entregas de armas à Ucrânia, depois de Kiev ter acusado Berlim, em dezembro, de impedir o fornecimento de armas defensivas no âmbito da cooperação com a NATO.."O nosso diálogo sobre este assunto com a Alemanha continuará", sublinhou..A ministra alemã está em Kiev e segue depois para Moscovo, onde deverá reunir-se com o seu homólogo russo, num contexto particularmente tenso na fronteira russo-ucraniana e até de risco de conflito.."Haverá uma análise aprofundada de posições sobre questões internacionais atuais, sobretudo sobre propostas russas sobre garantias de segurança", afirmou a diplomacia russa em comunicado..Os países ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado cerca de 100 000 soldados na fronteira com a Ucrânia nos últimos meses, para preparar um ataque àquele país, o que Moscovo nega..Moscovo, por seu lado, exige garantias ocidentais de que será travada a ideia de expansão da NATO para países junto às suas fronteiras, em particular para a Ucrânia..O assunto dominou uma reunião informal de ministros da Defesa da UE, em Brest, França, na semana passada, e no final o ministro da Defesa português referiu a "recusa absoluta" por parte de todos os Estados-membros da União Europeia da tentativa "muito clara" da Rússia de dividir o bloco europeu.."É muito claro que as atitudes da Rússia tentam dividir. Dividir os europeus e dividir os europeus dos norte-americanos. E essa atitude mereceu claramente uma recusa absoluta, e todas as intervenções foram muito claras sobre a importância de se manter a unidade no diálogo com a Rússia", afirmou João Gomes Cravinho, em declarações à Lusa e RTP.