"Grito de revolta". Candidato à liderança da JS queixa-se de falta de transparência nas eleições
A menos de um mês “das eleições de delegados ao Congresso Nacional da Juventude Socialista (JS)” e já estando fechados os cadernos eleitorais, os “dados dos eleitores” e o “possível número de delegados” no congresso ainda não é conhecido. A acusação contra a Comissão Organizadora do evento, que se realiza em dezembro, é de Bruno Gonçalves, candidato à liderança da JS.
Numa nota a que o DN teve acesso, o eurodeputado afirma: “Até hoje, depois de diversas tentativas, nenhuma informação nos foi disponibilizada. 105 dias de silêncio acreditando que, mais tarde do que cedo, a razão e o bom senso imperariam. Equivocadamente”. “É de lamentar que num processo eleitoral esclarecido seja tão difícil o acesso a algo tão básico como o acesso às informações dos eleitores – quantos são, de onde são e quem são”, acusa o candidato, que concorre contra Sofia Pereira, nas primeiras eleições disputadas em 18 anos.
Segundo Bruno Gonçalves, "fazer política não é manobrar o poder nem esperar dela apenas o resultado que nos apraz". "Sejam 105 dias depois sem acesso aos dados mais basilares numa eleição democrática, seja um ano, continuaremos a avançar, por todo o país, em prol da democracia", reitera.
Na mesma nota, o candidato -- que lidera o Movimento Liberdade -- deixa "um compromisso" a fechar aquilo a que chama um "grito de revolta": "Lutarei para que, nas próximas eleições, todas as candidaturas tenham acesso ao conhecimento dos seus eleitores sempre que manifestem a vontade da sua candidatura acompanhada das assinaturas necessárias."
O objetivo, diz ainda, é "garantir que, agora e no futuro, qualquer candidato/a à liderança da Juventude Socialista disponha de condições justas para a disputa".