Dona da Iberia entra formalmente na corrida à compra da TAP
FOTO: Paulo Spranger / Global Imagens

Dona da Iberia entra formalmente na corrida à compra da TAP

Depois da Air France-KLM e da Lufthansa, o grupo IAG entregou à Parpública a manifestação de interesse para o processo de privatização da TAP.
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O grupo IAG, que detém as companhias aéreas Ibéria e British Airways formalizou o seu interesse na aquisição de 44,9% do capital da TAP, entregando a respetiva manifestação de interesse no processo de privatização transportadora portuguesa.

"A IAG confirma que apresentou uma declaração de interesse à Parpública, em conformidade com o processo governamental de privatização parcial da TAP", confirmou um porta-voz da IAG esta sexta-feira, 21, citado pela Reuters.

Apesar de ter dado o passo para entrar oficialmente na corrida à compra da empresa liderada por Luís Rodrigues, a IAG assume que há aspetos que precisa de ver negociados.

"No entanto, vários termos precisariam ser definidos antes que a IAG pudesse propor um investimento", adianta a agência de notícias.

A um dia de terminar o prazo oficial para a entrega de propostas à privatização da TAP, a IAG é, desta forma, a terceira a anunciar publicamente o envio da candidatura à Parpública. A Air France-KLM foi a primeira, a 19 de novembro, seguindo-se ontem a Lufthansa.

Recorde-se que os interessados têm até às 16:59 (hora de Lisboa) de amanhã para enviarem as manifestações de interesse. A Parpública terá depois um prazo de 20 dias para entregar ao Governo um relatório que avalia o cumprimento dos requisitos de participação sobre os interessados.

Findo este período, os interessados que tenham demonstrado o cumprimento dos requisitos são convidados a apresentar uma proposta não vinculativa.

O Governo aprovou no passado mês de julho o diploma que enquadra o processo de reprivatização da TAP. O Executivo irá avançar com a venda de uma participação minoritária, correspondente a 49,9% do capital da empresa. Da fatia a ser alienada, 44,9% ficará nas mãos de um investidor privado e 5% do capital destina-se aos trabalhadores. 

O processo de venda, disse o primeiro-ministro Luís Montenegro na altura, estará aberto a "empresas e a grupos que possam aportar que esta operação [da TAP] seja competitiva e sustentável", nomeadamente a potenciais investidores provenientes de fora da Europa.

O líder do Executivo afiançou ainda estar convicto de que haverá “muitos interessados” na aquisição da minoria do capital da transportadora portuguesa.

Em setembro, o Governo apresentou o caderno de encargos da privatização da TAP que define os termos e condições do processo que irá decorrer em quatro fases. Entre os vários critérios definidos, está estipulado que só serão consideradas candidaturas de operadores aéreos com receitas superiores a cinco mil milhões de euros e com experiência comprovada no setor da aviação.

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