Exclusivo O "demónio" Macron, o boicote muçulmano e a guerra de caricaturas
O mundo muçulmano não gostou de o presidente francês ter dito que "o islão está em crise", com o turco Recep Tayyip Erdogan à cabeça, em mais uma frente de batalha entre Ancara e Paris.

Manifestação contra Macron no Irão.
© EPA/ABEDIN TAHERKENAREH
O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu que "o islão está em crise em todo o mundo", prometendo medidas contra o separatismo islamita em França. Depois, insistiu no direito à publicação das caricaturas do profeta Maomé, consideradas uma blasfémia pelos muçulmanos, numa reação à decapitação de um professor que mostrou as imagens nas suas aulas.
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As declarações não caíram bem no mundo muçulmano, com protestos desde Marrocos ao Bangladesh e apelos a um boicote à compra de produtos franceses. O próprio Macron, que alguns acusam de radicalizar o discurso com interesses eleitorais face à pressão da extrema-direita, foi apresentado como um "demónio" na primeira página de um jornal no Irão.