Dulce e Rute preparam o cenário para a aula de Leitura e Literatura do 3.º ciclo.
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#EstudoEmCasa

Ser professor da nova telescola foi "um ato de coragem"

Dois meses depois do primeiro dia de transmissão do #EstudoEmCasa, apagam-se as luzes do estúdio. O último dia de gravações foi de emoções à flor da pele. Missão cumprida, diz-se em uníssono.

"Talvez possamos ter feito alguma diferença". Quando o país se deparou com a chegada de uma pandemia que já corria o resto do mundo a toda a velocidade e as escolas foram obrigadas a encerrar, a comunidade educativa era avassalada pelos números: pelo menos cerca de 50 mil alunos moram em casas sem acesso a um único computador ou a internet, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). O que criava barreiras à continuidade do ano letivo. A solução foi encontrada num estúdio da RTP que até então albergava as gravações do célebre programa televisivo Preço Certo, entretanto interrompido pela crise sanitária. Feitas as contas, "talvez" isto tenha realmente mudado a vida de tantos estudantes sem acesso às novas tecnologias, diz Rute Magalhães, 55 anos, professora e um dos membros da equipa do #EstudoEmCasa.

Dois meses depois, a uma semana do final do ano letivo, apagam-se as luzes do estúdio. Como habitualmente, as gravações começaram de manhã e terminaram ao final da tarde. No átrio que dá acesso ao estúdio, dois sofás, onde tantos professores aguardaram a sua vez para ocupar o estúdio e lecionar. Ao início da tarde, era Rute e a colega Dulce Sousa, de 46 anos, quem aguardava.

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