É o primeiro vice-presidente da bancada parlamentar do PSD - ou seja, o número dois de Rui na direção dos deputados sociais-democratas..Adão José Fonseca Silva - vulgo, Adão Silva - é quem está na calha para suceder ao (reeleito) presidente do partido na liderança do grupo parlamentar do PSD. Oficialmente não há confirmação, mas fontes da direção do partido confirmam ao DN que é a hipótese mais forte..Experiência parlamentar não lhe falta: é deputado desde a V legislatura (1987-1991), sempre eleito por Bragança, conhecendo, portanto, como poucos, o funcionamento da máquina parlamentar. Atualmente integra três comissões: uma como efetivo (Transparência) e duas como suplente (Negócios Estrangeiros e Defesa)..Rio cumprirá a promessa feita no início da legislatura, quando já se confrontava com um novo desafio de Luís Montenegro à sua liderança do PSD: depois do próximo congresso (7 de fevereiro, em Viana do Castelo) deixará a chefia da bancada e passará a pasta - tudo apontando então para que seja ao seu número dois na direção do grupo parlamentar..Entretanto, a bancada prepara propostas para o Orçamento do Estado deste ano (OE 2020), que está na fase de discussão na especialidade. Já se sabe que vai avançar no campo da redução do IVA da elericidade. Mas quer que a proposta seja progressiva - a do BE também é, a do PCP não..Os sociais-democratas tencionam também apresentar propostas que aumentam a receita do Estado - de maneira a que a proposta de redução do IVA da eletricidade e a respetiva perda de receita tenham um impacto neutro nas contas públicas. O PSD, o PS e o CDS foram até agora os únicos partidos a não formalizarem propostas de alteração ao OE 2020. Todos os outros já o fizeram. O site da AR indica 371 propostas..Rui Rio prepara também a lista para a sua nova Comissão Política Nacional (CPN) - que será eleita no congresso (marcado para 7 de fevereiro, em Viana do Castelo). Sobre as mexidas que fará ou não ninguém diz nada - Rio reserva-se o direito absoluto de ser ele a decidir..Especula-se sobre a possibilidade de Elina Fraga - bastonária dos Advogados no tempo da troika - deixar de ser uma das vice-presidentes. O partido levou a mal esta escolha - porque Fraga foi muito crítica com a governação PSD/CDS e com a ministra da Justiça de então Paula Teixeira da Cruz..O presidente reeleito do PSD terá no congresso um momento de consagração - e o ponto de partida para um novo ciclo. No Parlamento continuará a ser, perante o primeiro-ministro, o principal interveniente (nos debates quinzenais, por exemplo). A Assembleia da República continuará a ser o principal palco de afirmação nacional do PSD. Mas agora, liberto da liderança parlamentar, Rio terá mais tempo para se centrar no partido - e na preparação das autárquicas..O PSD chegará às próximas eleições locais (outubro de 2021) com o seu pior score de sempre: 93 presidências de câmara (num total de 308), sendo 19 liderando coligações. O PS, pelo seu lado, obteve em 2017 o seu melhor resultado de sempre: 160 presidências de câmaras (só uma coligação)..Acredita-se, portanto, na sede nacional do partido que a possibilidade de crescer existe - restando fazer boas escolhas. Os presidentes eleitos e em condições de serem recandidatos serão mantidos. Do que se trata, na verdade, é de definir os melhores candidatos para os concelhos onde o PSD não é poder..Vai-se procurar reforçar a ligação com o CDS - mas é preciso também que se saiba quem será o novo poder no Caldas (o congresso que elegerá o sucessor de Assunção Cristas está marcado para o próximo fim de semana, em Aveiro). Quando os dois partidos tiverem as suas novas direções plenamente consolidadas começarão as aproximações.