"Difamação" e "manipulação", diz defesa de Ronaldo
O comunicado enviado ao DN é claro: "Cristiano Ronaldo nega veementemente todas as acusações" constantes da ação cível interposta pela norte-americana que o acusa de violação, tal como tem feito nos últimos nove anos. O advogado do jogador português fala em "manipulação e roubo de documentos" e alega que todo o caso faz parte de uma "campanha difamatória".
No comunicado enviado ao DN, Christiansen afirma que foi "contratado para representar Cristiano Ronaldo na sequência de uma recente ação cível baseada em eventos supostamente ocorridos em 2009, que foram objeto de um acordo, celebrado em 2010, pelo qual as partes renunciaram mutuamente a quaisquer pretensões. Atento o incumprimento desse acordo pela outra parte, bem como as acusações inflamadas que se foram sucedendo nos últimos dias, Cristiano Ronaldo vê-se forçado a quebrar o silêncio acerca daqueles supostos factos, tanto mais que o referido acordo lhe autoriza uma 'reação proporcional' em caso de desrespeito do mesmo pela contraparte."
E sublinha: "Os documentos que supostamente contêm declarações de Cristiano Ronaldo e foram reproduzidos nos media são puras invenções."
Leia aqui todo o comunicado.
A defesa vinca ainda que "um acordo não é uma confissão de culpa" e recorda que, tal como foi recentemente assumido pela polícia americana, "Ronaldo não está acusado de nada". Ainda nesta quarta-feira Jacinto Rivera, porta-voz da polícia de Las Vegas, garantiu ao jornal italiano Tuttosport que CR7 "não está acusado de nenhum crime". Mas o assunto não tem saído das páginas dos jornais um pouco por todo o mundo. Ainda nesta quarta-feira a imprensa americana noticiou que a enfermeira que assistiu a Kathryn Mayorga, após a noite que passou com Ronaldo e em que alegadamente foi violada, a desaconselhou a apresentar queixa, por receio de futuras retaliações do jogador português.
Neste momento, as autoridades admitem que o mais provável é que o jogador português possa ser chamado para ser ouvido mas "na qualidade de opessoa interessada no caso", esclareceu o porta-voz da polícia.
Segundo o Correio da Manhã, o acordo de confidencialidade assinado entre Ronaldo e Mayorga em 2009, a troco de 375 mil dólares, terá sido uma imposição do Real Madrid, para evitar danos de imagem para o jogador e para o clube, num verão em que o clube espanhol pagou 94 milhões de euros pelo craque luso ao Manchester United -- à época, a transferência mais cara do futebol. Essa será, escreve o jornal, a razão invocada pela defesa do jogador neste caso para a assinatura de um acordo que Ronaldo não queria assumir por estar seguro quanto à sua inocência.
Certo é que o caso continuará a ser revelado nos próximos dias.