Uma coisa é certa: Rui Rio não terá um apoiante indefetível em quem, hoje, vencer a disputa pela liderança da distrital de Lisboa do PSD - a maior do partido. Vão a votos dois candidatos: Sofia Vala Rocha, advogada, e Ângelo Pereira, autarca em Oeiras. Vala Rocha pode ser definida como uma franco-atiradora nos alinhamentos internos e promete independência face à direção, seja ela de quem for; já Ângelo Pereira é claramente conotado com um dos dois adversários de Rui Rio no combate pela liderança nacional do partido, Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara de Cascais..Mais de uma dezena de milhares de militantes estão convocados para decidir entre Vala Rocha e Ângelo Pereira - podendo a votação ser considerada uma primeira sondagem ao peso que Miguel Pinto Luz ainda tem na distrital que em tempos liderou, no contexto do confronto pela liderança nacional..A decisão, nesta semana, da concelhia do partido na capital, de retirar confiança à vereadora do PSD na Câmara de Lisboa, revelou aquilo que parece ser a grande fratura entre os dois candidatos à distrital: Sofia Vala Rocha não contemporiza com soluções autárquicas em que o PSD na oposição colabore com a força no poder; Ângelo Pereira admite que isso aconteça e ele próprio é exemplo disso em Oeiras (é vereador com pelouros apesar de o vencedor ter sido o independente Isaltino Morais).."O PSD não é muleta".Respondendo a um questionário colocado pelo DN - que Ângelo Pereira também recebeu mas a que este não respondeu -, Sofia Vala Rocha diz que, consigo na liderança, a distrital do PSD Lisboa terá "uma linha política e estratégica clara: faz oposição frontal, apresenta ideias e trabalha para ser alternativa". "Comigo, o PSD não é muleta. Comigo, os vereadores do PSD não aceitam pelouros nos executivos de outras forças. Porque se hoje aceitam pelouros nos executivos de independentes (como Ângelo Pereira) e socialistas (como Teresa Leal Coelho), amanhã estão a aceitar pelouros comunistas em Loures...".Criticando o seu adversário, recorda que este foi candidato do PSD a Oeiras em 2017 "e ficou em quarto lugar, com oito por cento", resultado "humilhante" para o partido. Portanto, se Ângelo Pereira fosse eleito agora "iria escolher estratégias e candidatos para tirar os mesmo 8%, não só em Oeiras, mas nos dez concelhos do distrito". "É uma candidatura que não é autónoma e independente, é do eixo Oeiras-Cascais para resolver os problemas do candidato Miguel Pinto Luz à liderança do PSD e não para resolver os problemas da área metropolitana de Lisboa."."Força política liderante".De resto, a candidata está ciente de que a influência do PSD na área da distrital está "longe dos resultados de antigamente", tendo tido o seu ponto mais baixo nas autárquicas de 2017, que "correram muito mal"..Depois disso, o PSD iniciou uma "lenta recuperação" mas "é preciso trabalhar muito": "São precisas boas ideias (para o eleitorado urbano), boas pessoas (recuperação de antigos quadros e renovação) e ética (porque "a política sem ética é uma vergonha")." "Tenho de criar as condições para que o PSD volte a ser a força política liderante do distrito."
Uma coisa é certa: Rui Rio não terá um apoiante indefetível em quem, hoje, vencer a disputa pela liderança da distrital de Lisboa do PSD - a maior do partido. Vão a votos dois candidatos: Sofia Vala Rocha, advogada, e Ângelo Pereira, autarca em Oeiras. Vala Rocha pode ser definida como uma franco-atiradora nos alinhamentos internos e promete independência face à direção, seja ela de quem for; já Ângelo Pereira é claramente conotado com um dos dois adversários de Rui Rio no combate pela liderança nacional do partido, Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara de Cascais..Mais de uma dezena de milhares de militantes estão convocados para decidir entre Vala Rocha e Ângelo Pereira - podendo a votação ser considerada uma primeira sondagem ao peso que Miguel Pinto Luz ainda tem na distrital que em tempos liderou, no contexto do confronto pela liderança nacional..A decisão, nesta semana, da concelhia do partido na capital, de retirar confiança à vereadora do PSD na Câmara de Lisboa, revelou aquilo que parece ser a grande fratura entre os dois candidatos à distrital: Sofia Vala Rocha não contemporiza com soluções autárquicas em que o PSD na oposição colabore com a força no poder; Ângelo Pereira admite que isso aconteça e ele próprio é exemplo disso em Oeiras (é vereador com pelouros apesar de o vencedor ter sido o independente Isaltino Morais).."O PSD não é muleta".Respondendo a um questionário colocado pelo DN - que Ângelo Pereira também recebeu mas a que este não respondeu -, Sofia Vala Rocha diz que, consigo na liderança, a distrital do PSD Lisboa terá "uma linha política e estratégica clara: faz oposição frontal, apresenta ideias e trabalha para ser alternativa". "Comigo, o PSD não é muleta. Comigo, os vereadores do PSD não aceitam pelouros nos executivos de outras forças. Porque se hoje aceitam pelouros nos executivos de independentes (como Ângelo Pereira) e socialistas (como Teresa Leal Coelho), amanhã estão a aceitar pelouros comunistas em Loures...".Criticando o seu adversário, recorda que este foi candidato do PSD a Oeiras em 2017 "e ficou em quarto lugar, com oito por cento", resultado "humilhante" para o partido. Portanto, se Ângelo Pereira fosse eleito agora "iria escolher estratégias e candidatos para tirar os mesmo 8%, não só em Oeiras, mas nos dez concelhos do distrito". "É uma candidatura que não é autónoma e independente, é do eixo Oeiras-Cascais para resolver os problemas do candidato Miguel Pinto Luz à liderança do PSD e não para resolver os problemas da área metropolitana de Lisboa."."Força política liderante".De resto, a candidata está ciente de que a influência do PSD na área da distrital está "longe dos resultados de antigamente", tendo tido o seu ponto mais baixo nas autárquicas de 2017, que "correram muito mal"..Depois disso, o PSD iniciou uma "lenta recuperação" mas "é preciso trabalhar muito": "São precisas boas ideias (para o eleitorado urbano), boas pessoas (recuperação de antigos quadros e renovação) e ética (porque "a política sem ética é uma vergonha")." "Tenho de criar as condições para que o PSD volte a ser a força política liderante do distrito."