Exclusivo Anália Torres: "As mulheres são as mais sacrificadas na pandemia, por questões pessoais e profissionais"

Socióloga e investigadora das questões da família e igualdade de género. Anália Torres descobriu que o ensino à distância não é assim tão difícil. Acabou por ter mais trabalho, o que diz acontecer com a generalidade das mulheres.

Investigadora e professora catedrática no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), Anália Torres coordena o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género. A socióloga tem estudado as questões da família e de género, nomeadamente a repartição das tarefas domésticas. Defende que as mulheres são as mais prejudicadas na pandemia, mais uma vez.

O que é que mudou no dia-a-dia com esta pandemia?
Limitei ao máximo as saídas de casa e, também, mudou do ponto de vista dos apoios domésticos, havia coisas que não fazia e passei a fazer. Mas posso dizer que sou uma privilegiada, tenho uma casa espaçosa e agradável. E isso faz diferença, há pessoas que vivem em casas pequenas e que me dizem ter mais necessidade de sair de casa. Eu não o sinto com tanta urgência, aliás, posso dizer que gosto de estar em casa. E sou uma pessoa que me adapto relativamente bem às situações, as coisas mudam e temos de nos adaptar, não há que ficar a lamentar.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG