Há um novo parque ribeirinho na zona oriental de Lisboa
Lisboa vai ter a partir desta sexta-feira um novo Parque Ribeirinho Oriente: tem cerca de quatro hectares que se estendem ao longo de 600 metros à beira- Tejo e ligará o loteamento dos Jardins do Braço de Prata ao edifício Tabaqueira.
Esta é a primeira fase de construção, uma vez que está previsto o seu prolongamento, numa segunda fase, até ao molhe da Marina do Parque das Nações totalizando então oito hectares e 1,5 quilómetros de frente marítima.
O parque que se enquadra no contexto da Capital Verde Europeia que Lisboa assume em 2020 foi projetado pelas arquitetas paisagistas Filipa Cardoso de Menezes e Catarina Assis Pacheco.
De acordo com Filipa Cardoso de Menezes, em declarações ao DN: o parque foi construído "com um enorme cuidado no selecionar das espécies desta frente de rio e também muita atenção à modulação do terreno, uma vez que é zona ventosa e para tal foram desenhadas bolsas de proteção para maior conforto dos visitantes".
"Quisemos criar uma relação com o rio, para isso foi desenhado um passeio muito largo à beira-Tejo com bancos e espreguiçadeiras. Na parte mais alta, aproveitámos o trilho dos caminhos férreos, que se tornou uma sucessão de instalações, esculturas solares, de projeção de sombra, uma relação cénica - da autoria de Natália de Mello", acrescenta.
O novo espaço verde tem duas cafetarias, construídas a partir da conversão de contentores marítimos, da autoria do arquiteto Bak Gordon, um espaço para aluguer de bicicletas, instalações sanitárias públicas, um módulo de biblioteca e um apoio de manutenção do parque.
A segunda fase, ainda sem data de inauguração, irá incluir uma área desportiva informal, um núcleo de armazéns revitalizados e um anfiteatro natural, que se fundirá a montante com o futuro Parque Interior da Matinha, num sistema de bancadas panorâmicas.