Os paióis de Tancos estão "selados e sem material no seu interior" mas têm "uma guarda permanente" de 24 horas para evitar o seu "uso indevido" e ou "a vandalização do local", disse nesta quarta-feira fonte oficial do Exército ao DN..Com a campanha eleitoral para as legislativas dominada pelo furto aos paióis de Tancos em junho de 2017, depois de conhecida a acusação do Ministério Público contra 23 arguidos e o Parlamento a aprovar a realização de um debate sobre o assunto na próxima semana, o DN questionou o Exército sobre a situação daquela unidade e visitou o local..Todo o material militar guardado naquelas instalações foi transferido, após o furto e no âmbito da revisão e reforço das medidas de segurança em torno dos paióis das Forças Armadas, para os existentes no Campo Militar de Santa Margarida (Exército), no Marco do Grilo (Marinha) e no Campo de Tiro de Alcochete (Força Aérea). Contudo, segundo a porta-voz do Exército, o ramo "mantém uma guarda permanente no local (24.00) para impedir o uso indevido da infraestrutura e a vandalização do local"..Inalterado, segundo a major Elisabete Silva, mantém-se um esquema de segurança rotativo entre três unidades sediadas nas redondezas e "alternando entre elas em ciclos mensais": o Regimento de Paraquedistas, a Unidade de Apoio do Estado-Maior da Brigada de Reação Rápida (BRR) e o Regimento de Engenharia n.º1..Em matéria de melhoria das instalações, "têm vindo a ser efetuados alguns trabalhos de manutenção para assegurar a habitabilidade, nomeadamente no edifício que alberga o pessoal de serviço, bem como as limpezas do terreno" onde a vegetação abunda..Polígono de Tancos.Os paióis de Tancos estão no topo de um monte e no fim de uma via alcatroada - a partir da Nacional 3 (N3) - sem qualquer sinalização indicativa do local. Só quando se chega à entrada é que se veem duas placas alusivas à natureza do espaço: uma no portão, a informar que aquela é uma "zona militar [de] acesso restrito"; outra na vedação, à esquerda, onde se lê "área militar acesso restrito". Por trás vê-se também uma torre de vigia, branca e com ar abandonado..À aproximação da reportagem do DN, a pé, acende-se uma luz num pilar do portão e surgem dois soldados a correr, com a espingarda G3 à tiracolo, vindos de um dos três edifícios visíveis da entrada. "Estamos sempre atentos", diz o único que, em termos corretos e educados, questiona a presença dos estranhos enquanto o segundo se afasta alguns metros..Referindo que aquela é uma estrada militar onde não se pode estar, apesar de nada haver em sentido contrário, o soldado limita-se depois a repetir várias vezes a mesma frase: "Não posso dar informações.".Após os jornalistas voltarem para o carro, devidamente identificado e parado a duas dezenas de metros, aparece um graduado - visto no retrovisor e identificado como tal por ter uma pistola à cintura - que conversa com os soldados e depois fala ao telemóvel..Este segundo-sargento insistiria depois que os jornalistas não podiam estar ali e que deveriam procurar informações "nas unidades ao lado" (mas sem responder qual)..As unidades em causa são as três atrás referidas pela porta-voz do ramo e situam-se junto à N3, embora o quartel-general da BRR fique a mais de um quilómetro de distância por entre o arvoredo..Acessos alternativos.A estrada municipal 541 (M541), em mau estado e que parte também da N3, oferece dois outros acessos para chegar junto das instalações vedadas e com torres de vigia vazias a intervalos regulares..O primeiro situa-se junto a uma pequena ponte e está bloqueado com três blocos de pedra, após os quais se vê uma seta branca no chão e que termina na estrada principal de acesso aos paióis, a algumas centenas de metros do portão. O segundo está próximo das traseiras da unidade, havendo um sinal de trânsito proibido junto ao chão e visível por entre o mato em redor (que o DN não infringiu)..Regressando depois à estrada principal de acesso aos paióis, o DN estacionou na berma e a algumas centenas de metros do portão. Cerca de dez minutos depois e sem que nenhum dos três militares de guarda à unidade fosse visível, apareceu uma viatura tática média Unimog que para uns metros à frente e da qual sai um primeiro-sargento..O militar, vindo do Regimento de Engenharia devido à boina castanha que usa e que também faz parte do uniforme das sentinelas já visíveis por trás do portão, interpela o DN e repete que não é possível estar ali dado ser uma área militar..Perante a explicação de não haver qualquer placa com essa informação, como sucede no acesso ao bairro de sargentos desse regimento (a uns 30 metros da N3) e no próprio portão dos paióis, o primeiro-sargento contrapôs e repetiu: "Estou a dizer que não pode estar aqui!"
Os paióis de Tancos estão "selados e sem material no seu interior" mas têm "uma guarda permanente" de 24 horas para evitar o seu "uso indevido" e ou "a vandalização do local", disse nesta quarta-feira fonte oficial do Exército ao DN..Com a campanha eleitoral para as legislativas dominada pelo furto aos paióis de Tancos em junho de 2017, depois de conhecida a acusação do Ministério Público contra 23 arguidos e o Parlamento a aprovar a realização de um debate sobre o assunto na próxima semana, o DN questionou o Exército sobre a situação daquela unidade e visitou o local..Todo o material militar guardado naquelas instalações foi transferido, após o furto e no âmbito da revisão e reforço das medidas de segurança em torno dos paióis das Forças Armadas, para os existentes no Campo Militar de Santa Margarida (Exército), no Marco do Grilo (Marinha) e no Campo de Tiro de Alcochete (Força Aérea). Contudo, segundo a porta-voz do Exército, o ramo "mantém uma guarda permanente no local (24.00) para impedir o uso indevido da infraestrutura e a vandalização do local"..Inalterado, segundo a major Elisabete Silva, mantém-se um esquema de segurança rotativo entre três unidades sediadas nas redondezas e "alternando entre elas em ciclos mensais": o Regimento de Paraquedistas, a Unidade de Apoio do Estado-Maior da Brigada de Reação Rápida (BRR) e o Regimento de Engenharia n.º1..Em matéria de melhoria das instalações, "têm vindo a ser efetuados alguns trabalhos de manutenção para assegurar a habitabilidade, nomeadamente no edifício que alberga o pessoal de serviço, bem como as limpezas do terreno" onde a vegetação abunda..Polígono de Tancos.Os paióis de Tancos estão no topo de um monte e no fim de uma via alcatroada - a partir da Nacional 3 (N3) - sem qualquer sinalização indicativa do local. Só quando se chega à entrada é que se veem duas placas alusivas à natureza do espaço: uma no portão, a informar que aquela é uma "zona militar [de] acesso restrito"; outra na vedação, à esquerda, onde se lê "área militar acesso restrito". Por trás vê-se também uma torre de vigia, branca e com ar abandonado..À aproximação da reportagem do DN, a pé, acende-se uma luz num pilar do portão e surgem dois soldados a correr, com a espingarda G3 à tiracolo, vindos de um dos três edifícios visíveis da entrada. "Estamos sempre atentos", diz o único que, em termos corretos e educados, questiona a presença dos estranhos enquanto o segundo se afasta alguns metros..Referindo que aquela é uma estrada militar onde não se pode estar, apesar de nada haver em sentido contrário, o soldado limita-se depois a repetir várias vezes a mesma frase: "Não posso dar informações.".Após os jornalistas voltarem para o carro, devidamente identificado e parado a duas dezenas de metros, aparece um graduado - visto no retrovisor e identificado como tal por ter uma pistola à cintura - que conversa com os soldados e depois fala ao telemóvel..Este segundo-sargento insistiria depois que os jornalistas não podiam estar ali e que deveriam procurar informações "nas unidades ao lado" (mas sem responder qual)..As unidades em causa são as três atrás referidas pela porta-voz do ramo e situam-se junto à N3, embora o quartel-general da BRR fique a mais de um quilómetro de distância por entre o arvoredo..Acessos alternativos.A estrada municipal 541 (M541), em mau estado e que parte também da N3, oferece dois outros acessos para chegar junto das instalações vedadas e com torres de vigia vazias a intervalos regulares..O primeiro situa-se junto a uma pequena ponte e está bloqueado com três blocos de pedra, após os quais se vê uma seta branca no chão e que termina na estrada principal de acesso aos paióis, a algumas centenas de metros do portão. O segundo está próximo das traseiras da unidade, havendo um sinal de trânsito proibido junto ao chão e visível por entre o mato em redor (que o DN não infringiu)..Regressando depois à estrada principal de acesso aos paióis, o DN estacionou na berma e a algumas centenas de metros do portão. Cerca de dez minutos depois e sem que nenhum dos três militares de guarda à unidade fosse visível, apareceu uma viatura tática média Unimog que para uns metros à frente e da qual sai um primeiro-sargento..O militar, vindo do Regimento de Engenharia devido à boina castanha que usa e que também faz parte do uniforme das sentinelas já visíveis por trás do portão, interpela o DN e repete que não é possível estar ali dado ser uma área militar..Perante a explicação de não haver qualquer placa com essa informação, como sucede no acesso ao bairro de sargentos desse regimento (a uns 30 metros da N3) e no próprio portão dos paióis, o primeiro-sargento contrapôs e repetiu: "Estou a dizer que não pode estar aqui!"