Treze anos depois, Portugal volta aos níveis A das principais agências de rating
A Standard&Poor's subiu o 'rating' de Portugal de 'BBB+' para 'A-', com perspetiva positiva, com o país a voltar, treze anos depois, a estar entre os níveis 'A' de todas as principais agências.
A Standard&Poor's (S&P) era a única das quatro principais agências de 'rating' que ainda avaliava a dívida soberana portuguesa entre os níveis 'B', mas com a melhoria de hoje alinhou a notação com a Moody's, a Fitch e a DBRS, que subiram no ano passado o 'rating' de Portugal.
O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito. As escalas de avaliação do nível 'A' utilizadas pelas agências diferem, com umas a utilizarem 'A-/A/A+' e outras 'A1/A2/A3'.
Em reação, o ministro das Finanças atribuiu a melhoria do 'rating' de Portugal às políticas dos últimos anos e mostrou-se confiante de que o país possa ter novas subidas se mantiver o rumo orçamental.
"Este é o resultado das políticas adotadas nos últimos anos que, como a própria agência realça, garantiram o equilíbrio das contas públicas, uma descida significativa da dívida pública, contas externas positivas e capacidade acrescida de atração de investimento produtivo para o país", afirma o ministro das Finanças, Fernando Medina, em comunicado.
Antes da intervenção da 'troika' em Portugal, em 2011, as quatro agências ainda classificavam a dívida soberana portuguesa nos níveis 'A', cortando drasticamente a avaliação depois do pedido de ajuda financeira.
O país precisou de sete anos para deixar de ter 'ratings' "lixo", e agora, ao fim de 13 anos, a trajetória de redução do endividamento do país é a principal justificação para as agências colocarem o risco do país no patamar dos níveis 'A', permitindo um financiamento com custos mais baixos para a República.
O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.