Trump ameaça China com tarifas adicionais de 50%. Pequim rejeita ceder
China rejeita ceder a “ameaças” dos EUA
A embaixada chinesa nos Estados Unidos afirmou hoje que Pequim não cederá a ameaças norte-americanas, após Donald Trump ter prometido aumentar ainda mais as tarifas alfandegárias sobre os produtos chineses.
"Deixámos claro em várias ocasiões que pressionar ou ameaçar a China não é a forma correta de lidar connosco. A China vai salvaguardar firmemente os seus direitos e interesses legítimos", disse à AFP Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa nos Estados Unidos.
Indústria automóvel pede a Bruxelas solução construtiva
A Associação Europeia da Indústria Automóvel (ACEA) pediu hoje à Comissão Europeia que encontre uma solução “construtiva e negociada” face às tarifas dos EUA e que evite ações de retaliação prejudiciais para a competitividade.
Em comunicado, a ACEA disse que esta posição foi subscrita por empresas como a BMW, IVECO, Stellantis, Volkswagen, Mercedes-Benz e Daimler Trucks, que estiveram representadas numa reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
“A atual volatilidade nos mercados globais só aumenta as barreiras comerciais e os custos para as empresas e as tarifas sobem os preços para os consumidores na Europa, nos EUA e em todo o mundo”, apontou a diretora-geral da associação, Sigrid de Vries.
A ACEA defende assim a cooperação transatlântica como uma forma de evitar a escalada da guerra comercial e os respetivos danos para a economia dos dois blocos.
Governo antecipa reuniões com associações sobre tarifas para terça e quarta-feira
O Ministério da Economia antecipou, para terça e quarta-feira, as reuniões com as associações empresariais, devido ao possível impacto das tarifas na economia nacional, segundo uma nota hoje divulgada.
As reuniões terão início na terça-feira, às 09:00, e irão decorrer “ao longo do dia”, indicou o ministério numa nota de agenda.
A tutela lembrou que “as reuniões do ministro da Economia com as associações empresariais, que estavam previstas entre quarta e sexta-feira, foram antecipadas para terça e quarta-feira”.
Segundo o Governo, estão previstas reuniões com a ANIMEE - Associação Portuguesa de Empresas do Setor Elétrico e Eletrónico, a AIP - Associação Industrial Portuguesa, a CIP - Confederação Industrial de Portugal, a APF - Associação Portuguesa de Fundição, a CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes e a APIP - Associação Portuguesa das Indústrias do Plástico.
Serão também ouvidas a APIB - Associação Portuguesa dos Industriais da Borracha, a APIMA - Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins, a AIMMP - Associação das Indústrias da Madeira e Mobiliário de Portugal, a APPICAPS - Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos e a APIC - Associação Portuguesa da Indústria de Curtumes.
A lista de associações empresariais recebidas pelo Governo inclui ainda a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a ANIVEC - Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção, a ANITLAR - Associação Nacional das Indústrias de Têxtil Lar, a ANIL - Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, a APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça e AEP - Associação empresarial de Portugal e a AQuimica.
Trump ameaça China com tarifas adicionais de 50%
Donald Trump ameaçou esta segunda-feira introduzir tarifas adicionais de 50% contra a China, com efeitos a partir desta quarta-feira, caso Pequim não volte atrás no aumento de 34% das suas tarifas de retaliação até esta terça-feira.
"Todas as conversações com a China relativas às reuniões solicitadas connosco serão encerradas! As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão imediatamente", afirmou o presidente dos Estados Unidos na publicação no Truth Social.
MNE quer concertação com UE sobre tarifas dos EUA e recusa atraso no Governo
O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português defendeu hoje que Portugal deve reagir de forma concertada com a União Europeia (UE) à imposição de tarifas alfandegárias pelos Estados Unidos, recusando a ideia de que o Governo esteja atrasado.
Paulo Rangel falava aos jornalistas no Palácio da Justiça, em Porto, depois de ter entregado as listas da coligação AD às eleições legislativas antecipadas de maio, cujo prazo termina hoje.
O cabeça de lista pelo Porto da AD enfatizou que “a competência na área das tarifas é exclusiva da União Europeia”, quando questionado pela Lusa se Portugal poderia fazer como o Governo espanhol, que tornou público um pacote de 14,1 milhões de euros para apoiar as empresas em resultado das tarifas impostas pela administração norte-americana aos produtos importados da UE.
“Claro que os governos nacionais podem ter um papel, mas isso tem de ser visto também em concertação com a União Europeia, que é o que nós estamos a fazer”, disse Paulo Rangel, ressalvando compreender a “pressa” do governo espanhol “por causa da situação política interna”, mas assinalando “que grande parte dos apoios já existiam”.
O MNE revelou, a seguir, estarem os dois governos ibéricos “em conversações” sobre o assunto das tarifas e que os dois “ministros da Economia têm, aliás, uma conversa aprazada sobre esta matéria”.
“Nós temos tempo para tratar desse assunto e vamos tratá-lo com todo o cuidado. Isso pode ter a certeza absoluta”, frisou Paulo Rangel, defendendo não haver necessidade de o Governo se precipitar.
Advogou “uma avaliação do impacto de uma forma que seja credível e não uma forma demagógica, de fazer um anúncio num dia em que nem sequer ainda se tem bem noção de como é que as coisas vão ocorrer a seguir”.
O ministro social-democrata declarou que o executivo demissionário está “em consultas com a Comissão Europeia, que é quem tem competência exclusiva para negociar as tarifas”, defendendo a importância contar com "os interesses portugueses" na resposta da União Europeia.
“Já estamos a trabalhar nisso há semanas. Isto é, a tentar proteger na resposta que a União Europeia venha a dar, os setores portugueses que poderiam ser mais impactados”, acrescentou, revelando que tudo “terá a sua resposta a seu tempo” e que “nada está atrasado” e a resposta será dada “também em breve”.
Afinal, Trump não pondera pausa de 90 dias nas tarifas, diz a Casa Branca
A informação foi avançada esta segunda-feira por vários meios: Donald Trump estaria a ponderar uma pausa de 90 dias na aplicação das tarifas para todos os países, com exceção da China. Uma informação atribuída ao principal conselheiro económico do presidente dos EUA, que lhe teria sido atribuída durante uma entrevista.
Mas afinal tudo não passou de um mal entendido, de acordo com a Casa Branca, que já veio desmentir essa possibilidade: "Errado. Fake News." Ou seja, Trump não está a ponderar tal tema.
UE pronta a negociar tarifas com EUA mas "não vai esperar para sempre"
O comissário europeu para o Comércio, que está a negociar a aplicação de tarifas por parte da Casa Branca, apelou esta segunda-feira às negociações com Washington, mas alertou que a União Europeia (UE) não vai esperar para sempre.
“Vai ser preciso tempo e empenho […], os Estados Unidos da América (EUA) não olham para as tarifas como um passo tático, mas como uma medida corretiva”, disse Maros Sefcovic, em conferência de imprensa depois de uma reunião ministerial, no Luxemburgo.
O comissário para o Comércio e para a Segurança Económica apelou a Washington para negociar a aplicação das tarifas com um “olhar fresco”, uma vez que os EUA e os 27 países da UE “enfrentam desafios semelhantes”.
“Se nos unirmos, podemos criar um mercado transatlântico que beneficiará os dois lados”, sustentou o comissário.
No entanto, Maros Sefcovic deixou um aviso à Casa Branca: “Não vamos esperar para sempre”.
Lusa
Bruxelas propõe tarifas zero para bens industriais em trocas comerciais entre UE e EUA
A Comissão Europeia propôs tarifas zero para bens industriais nas trocas comerciais entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, na sequência das medidas norte-americanas, e está a ouvir as empresas para adotar contramedidas comunitárias.
O anúncio foi hoje feito pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa declaração à imprensa em Bruxelas após uma reunião com o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, na qual, segundo revelou, foram abordados os efeitos dos novos direitos aduaneiros norte-americanos, que terão “custos enormes” para a UE e a economia mundial.
“Este é um ponto de viragem importante para os Estados Unidos, mas estamos prontos a negociar e, por isso, propusemos tarifas zero para os bens industriais, como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais, porque a Europa está sempre pronta para um bom acordo – e mantemo-lo em cima da mesa”, revelou a líder da Comissão Europeia na mesma ocasião.
Isto mesmo fez parte das negociações do comissário europeu do Comércio, Maroš Šefčovič, com as autoridades americanas, iniciadas na sexta-feira após anúncios no dia anterior de novas tarifas norte-americanas de 20% aos produtos importados da UE, que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.
Ainda assim, de acordo com Ursula von der Leyen, essa “oferta foi feita há muito e repetidamente, por exemplo, no setor automóvel, mas não houve uma reação adequada a essa oferta”.
Após esta reunião entre Bruxelas e Oslo, que aconteceu num dia em que as bolsas europeias abriram com acentuadas quedas pelas tensões comerciais transatlânticas, a responsável salientou que a UE está “preparada para responder através de contramedidas e defender os interesses” comunitários, assegurando que “todos os instrumentos estão em cima da mesa”.
Além disso, Ursula von der Leyen anunciou a criação de um novo grupo de trabalho com especialistas para monitorizar o impacto direto destas novas taxas norte-americanas, que irá criar uma “base de dados necessária para as medidas políticas” a serem adotadas.
Tais medidas serão concertadas com as indústrias afetadas, garantiu ainda a presidente da Comissão Europeia, que falou num “contacto estreito” com os setores industrial, siderúrgico, automóvel e farmacêutico para “trabalhar em conjunto e minimizar os efeitos mútuos”.
A UE está, ainda, focada nos “83% do comércio mundial para além dos Estados Unidos”, concluiu Ursula von der Leyen, falando no aprofundamento das relações comerciais com Mercosul, México, Suíça, Índia, Tailândia, Malásia, Indonésia “e muitos outros” blocos.
Os ministros do Comércio da UE estiveram hoje reunidos, no Luxemburgo, para debater as atuais tensões comerciais.
Lusa
Bolsas europeias suavizam as quedas mas continuam a perder mais de 4%
As principais bolsas europeias estavam hoje ao início da tarde a atenuar as quedas da abertura, a descer em torno de 4%, devido às consequências da aplicação das tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
Às 13:55 em Lisboa, o EuroStoxx50 descia 4,49% para 4.653,68 pontos, enquanto o Eurostoxx 600 estava a recuar 4,71% para 472,95 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 4,37%, 4,0% e 4,11%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 4,85% e 5,02%.
A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 13:55 o principal índice, o PSI, baixava 4,78% para 6.318,81 pontos.
As bolsas europeias seguiam o rasto das congéneres asiáticas, que hoje caíram a pique.
Nos EUA, a esta hora, os futuros de Wall Street antecipam mais uma sessão 'a vermelho'.
Portugal destaca unidade na UE para não escalar tensões comerciais com EUA. Secretário de Estado admite processo negocial "complexo e difícil”
O Governo português destacou esta segunda-feira a unidade na União Europeia (UE) para “não escalar mais” as tensões comerciais com os Estados Unidos, na sequência das novas tarifas norte-americanas, mas garantiu “firmeza” comunitária nas negociações transatlânticas.
“Foi uma reunião muito produtiva, foi um dia de facto de grande coesão e de união dos Estados-membros. Houve um grande sentido de não escalar mais esta situação, que na verdade não foi criada pela União Europeia e, portanto, temos de ter aqui uma paciência estratégica na negociação para não escalar mais o conflito”, disse o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, em declarações no final de uma reunião dos ministros do Comércio da UE, no Luxemburgo.
De acordo com o governante, neste encontro que aconteceu num dia em que as bolsas europeias abriram com acentuadas quedas pelas tensões comerciais transatlânticas, ficou assente “uma grande coesão em torno de todos os Estados-membros [da UE], uma confiança naquilo que tem sido uma transparência e uma forma clara que a Comissão [Europeia] tem tido ao dialogar com os Estados-membros, mantendo-os claramente a par daquilo que é o processo negocial, […] que é complexo e difícil”.
João Rui Ferreira salientou que a UE tem também uma “grande preocupação” em ter “firmeza na negociação” com os Estados Unidos, preparando-se “para eventuais medidas que tenham de ser tomadas” para que a resposta comunitária “não prejudique as economias europeias e os países em particular”.
O secretário de Estado da Economia destacou ainda o “grande foco” que a UE deve ter na redução de barreiras no mercado único da UE para o tornar mais competitivo e em “continuar a olhar para aquilo que são as suas parcerias comerciais” com outros blocos, como o Mercosul e a Índia.
Os ministros do Comércio da UE estiveram hoje reunidos, no Luxemburgo, para debater as atuais tensões comerciais, num dia em que as principais bolsas europeias abriram da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas pelo receio das consequências da aplicação das tarifas impostas pelo residente norte-americano, Donald Trump.
Lusa
Audi, do grupo Volkswagen, está reter automóveis que chegaram aos portos dos EUA após entrada em vigor da tarifa de 25%
A Reuters avança esta segunda-feira que a Audi, do grupo alemão Volkswagen, está a reter os automóveis que chegaram aos portos dos EUA após de 2 de abril, data a partir da qual entrou em vigor uma tarifa de 25% imposta pela administração Trump aos veículos importados.
Segundo um porta-voz, citado pela agência de notícias, a fabricante de automóveis tem cerca de 37.000 veículos no seu inventário nos EUA para cerca de dois meses de venda.
Adianta ainda a Reuters que a Jaguar Land Rover também anunciou uma pausa em abril referente aos envios de automóveis para os EUA, enquanto a Nissan considerou transferir parte da sua produção para o território norte-americano, e assim escapar às tarifas impostas por Donald Trump.
Von der Leyen fala com representantes da indústria metalúrgica para "definir resposta eficaz da UE"
No processo de decidir a resposta que a UE deve dar às tarifas impostas pelos EUA, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falou esta segunda-feira com representantes da indústria metalúrgica, segundo informação divulgada pela Reuters e confirmada, em comunicado, por Von der Leyen.
"Falei com os líderes europeus da indústria siderúrgica e metalúrgica para conhecer a sua perspectiva sobre o impacto das tarifas dos EUA. Isto está a ajudar-nos a definir uma resposta eficaz da UE", declarou nas redes sociais.
"Manter-nos-emos em contacto estreito para garantir que os seus interesses - os nossos interesses - sejam bem protegidos", indicou ainda a presidente da Comissão Europeia.
Von der Leyen deverá também entrar em contacto, esta segunda-feira, com o setor automóvel, de acordo com a Reuters, dando ainda conta que a líder do executivo comunitário vai falar estar terça-feira com responsáveis da indústria farmacêutica europeia.
De acordo com a agência de notícias, que cita uma fonte, na reunião com representantes da indústria metalúrgica foram pedidas medidas para lidar com os “impactos indiretos” das tarifas contra o aço e alumínio. Terá sido uma “reunião construtiva".
Comissão Europeia vinca que bolsas em queda “não são do interesse” nem da UE nem dos EUA
A Comissão Europeia disse esta segunda-feira não ser “do interesse da economia em geral” nem da União Europeia ver as bolsas de valores, nomeadamente comunitárias, com quedas superiores a 5%, em pânico pela aplicação de tarifas dos Estados Unidos.
“Penso que todos concordam que não queremos ver os mercados e as bolsas a afundarem-se. Não é do interesse da economia em geral, nem da economia europeia, e é tudo o que podemos dizer por agora”, reagiu a porta-voz principal do executivo comunitário, Paula Pinho, na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.
Questionada sobre a ambição europeia de tentar negociar com os Estados Unidos, Paula Pinho insistiu que esta “é a abordagem preferida da União Europeia [UE]”, apontando que, hoje, “as modalidades destas discussões estão a ser discutidas com precisão e debatidas em mais pormenor com todos os Estados-membros” no Conselho de Comércio, no Luxemburgo.
Os ministros do Comércio da UE debatem hoje as atuais tensões comerciais, num dia em que as principais bolsas europeias abriram da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas pelo receio das consequências da aplicação das tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Lusa
Trump volta a pedir à Reserva Federal norte-americana para baixar as taxas de juros
Não é a primeira vez que o faz, mas o presidente dos EUA voltou esta segunda-feira a fazer um pedido à Reserva Federal (Fed) norte-americana para baixar as taxas de juro. Isto num dia em que as bolsas registaram quedas, na sequência do anúncio de Donald Trump sobre as novas tarifas aduaneiras.
"Os preços do petróleo estão em baixo, as taxas de juro estão em baixo (a lenta Fed deveria cortar as taxas!), os preços dos alimentos estão em baixa, Não há inflação", afirmou esta segunda-feira o presidente norte-americano numa mensagem partilhada na sua rede social, a Truth Social.
Na publicação, Trump visa sobretudo a China, "o maior abusador de todos" os países, uma vez que, na resposta aos EUA, Pequim decidiu "aumentar as suas tarifas em 34%".
A China não reconhece "o meu aviso aos países abusadores para não retaliarem" às tarifas dos EUA, escreveu o presidente norte-americano.
Principal índice bolsista de Hong Kong afunda 13,2% na maior queda desde 2008
O principal índice da Bolsa de Valores de Hong Kong caiu hoje 13,2%, a maior queda desde a crise de 2008, face ao agravamento da guerra comercial entre Pequim e Washington.
O Hang Seng caiu 3.021,5 pontos, para 19.828,30, enquanto o índice que mede o desempenho das empresas da China continental cotadas em Hong Kong, o Hang Seng China Enterprises, caiu 13,75%.
Trata-se da maior queda num só dia desde outubro de 2008, quando o índice perdeu mais de 2.000 pontos no meio da crise financeira global desse ano.
Lusa
“Temos de manter a calma e responder de uma forma que diminua a escalada", defende ministra dos Países Baixos
A ministra dos Países Baixos com a pasta do Comércio, Reinette Klever, disse esta segunda-feira que a UE deve manter a calma em resposta às taxas aduaneiras impostas pelo presidente dos EUA, defendendo também proporcionalidade nas medidas a adotar pelo bloco comunitário.
“Temos de nos sentar à mesa com os americanos e ver como podemos baixar estas tarifas”, disse Klever antes da reunião de ministros dos 27 Estados membros, que tem lugar no Luxemburgo.
“Temos de manter a calma e responder de uma forma que diminua a escalada. As bolsas de valores mostram o que acontecerá se entrarmos imediatamente numa escalada. Mas estaremos preparados para tomar contramedidas, se necessário, para sentar os americanos à mesa das negociações", disse a ministra dos Países Baixos, citada pela imprensa internacional.
Bruxelas critica “mudança de paradigma” no comércio mundial e prepara próximos passos
A Comissão Europeia criticou esta segunda-feira a “mudança de paradigma” no comércio mundial com a nova política dos Estados Unidos, marcada pela imposição de novas tarifas, defendendo preparação na União Europeia (UE) para os próximos passos.
“Vamos discutir a forma de posicionar a Europa naquilo que eu descreveria como uma mudança de paradigma do sistema comercial global”, disse o comissário europeu da tutela, Maroš Šefčovič, falando à chegada da reunião dos ministros europeus responsáveis pela pasta do Comércio, no Luxemburgo.
Depois de ter estado em contacto com os seus homólogos norte-americanos face aos recentes anúncios do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o responsável europeu acrescentou estar “muito satisfeito” por informar os seus colegas de tais conversações iniciais.
“Vamos centrar a nossa discussão nos próximos passos, na forma de preparar a nossa próxima ação em relação aos Estados Unidos, mas também na forma de preparar o nosso sistema comercial na UE para evitar eventuais desvios de comércio e para garantir que prestará o apoio e os serviços às empresas europeias nesta situação muito difícil”, apontou Maroš Šefčovič.
Segundo o comissário europeu do Comércio, urge também garantir que, com o resto do mundo, a UE “acelera as negociações sobre comércio livre e assegura que estes 87% do comércio [sem os Estados Unidos] continuam a funcionar num sistema baseado em regras, respeitando os mecanismos da Organização Mundial do Comércio”.
Lusa
Musk partilha vídeo sobre benefícios do mercado livre
O multimilionário Elon Musk partilhou um vídeo, que tinha sido publicado por outro utilizador da rede social X, sobre os benefícios do comércio internacional, nomeadamente o mercado livre e as cadeias de abastecimento complexas.
Quem surge no vídeo é o economista norte-americano Milton Friedman, que, usando o exemplo de um lápis, contou como, em diferentes fases do processo, várias partes do mundo contribuíram para a criação deste utensílio para escrever.
“Literalmente, milhares de pessoas cooperaram para fazer este lápis”, disse Friedman, que morreu há quase 20 anos, explicou a Sky News.
É a “magia do sistema de preços” e “é por isso que o funcionamento do mercado livre é tão essencial”, considerou o economista que aparece no vídeo publicado pelo conselheiro do presidente norte-americano.
Mercado livre ajuda a "promover a eficiência produtiva" e a "fomentar a harmonia e a paz entre os povos do mundo”, segundo defende o norte-americano Milton Friedman no vídeo.
França crítica tarifas “muito agressivas e arbitrárias” impostas pelos EUA
As tarifas aduaneiras dos EUA são “muito agressivas e arbitrárias”, afirmou esta segunda-feira o ministro francês com a pasta do comércio.
Laurent Saint-Martin, citado pelo The Guardian, defendeu que a França, ainda assim, “prefere a cooperação ao confronto” perante as taxas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
“O nosso objetivo final continua a ser o mesmo, negociar esta escalada e voltar ao ponto em que as coisas estavam e, se não for possível, é claro que a União Europeia deve reagir, deve reagir com firmeza e deve reagir proporcionalmente”, afirmou o governante, sublinhando que a Europa deve manter-se unida nesta que é já considerada uma guerra comercial.
PSI cai quase 6% com todos os títulos 'no vermelho'
A bolsa de Lisboa negociava hoje em forte baixa, alinhada com as congéneres europeias, com as 15 ações do PSI a caírem mais de 3,36%, lideradas pelas dos CTT, que baixavam 7,38% para 6,65 euros.
Cerca das 08:45 em Lisboa, o PSI mantinha a tendência da abertura e baixava 5,94% para 6.241,55 pontos, um mínimo desde 17 de abril de 2024, com a cotação dos 15 'papéis' a descer.
Às ações dos CTT seguiam-se as da Galp, que desciam 7,01% para 13,40 euros. As ações da Ibersol, BCP e Semapa recuavam mais de 6%, designadamente 6,98% para 8 euros, 6,51% para 0,46 euros e 6,26% para 14,04 euros.
Com a mesma tendência, cinco ações caíam mais de 5% - EDP e EDP Renováveis, que se desvalorizavam 5,99% para 2,97 euros e 5,97% para 6,93 euros. REN, Mota-Engil e Corticeira Amorim baixavam 5,85% para 2,65 euros, 5,69% para 2,95 euros e 5,67% para 7,16 euros.
Mais moderadamente, mas a descer mais de 4%, os títulos da Jerónimo Martins, Altri e NOS desciam 4,59% para 19,52 euros, 4,56% para 5,63 euros e 4,30% para 4,11 euros. Já a Sonae e a Navigator perdiam 3,94% para 1,0 euros e 3,36% para 3,10 euros. As principais bolsas europeias abriram hoje em queda livre, a seguir a tendência das praças asiáticas, devido à inflexibilidade de Donald Trump sobre as tarifas impostas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos.
O EuroStoxx 600 estava a recuar mais de 5% e as bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 4,58%, 5,78% e 6,58%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 5,51% e 6,90%. A bolsa de Frankfurt chegou a estar a recuar mais de 9%.
O preço do petróleo Brent para entrega em junho, a referência na Europa, baixava para 62,77 dólares, contra 65,77 dólares na sexta-feira.
O euro estava a avançar, a cotar-se a 1,1028 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,0956 dólares na sexta-feira.
Lusa
PM polaco admite "terramoto na bolsa", mas transmite uma mensagem de calma "sem decisões nervosas"
Donald Tusk, primeiro-ministro polaco, disse que se está a viver "um “terramoto na bolsa”, mas partilhou na manhã desta segunda-feira uma mensagem de tranquilidade nas redes sociais.
"O terramoto da bolsa, desde o Japão até à América, passando pela Europa, tem de ser ultrapassado sem decisões nervosas", defendeu Tusk.
Disse que a "bolsa polaca também foi afetada", mas afirmou: "a estabilidade política e económica são as nossas vantagens nestes tempos difíceis. Vamos perseverar com calma”.
PM britânico assegura que o Reino Unido "mantém-se firme". "Defenderemos os interesses nacionais"
"O mundo pode estar a mudar, mas o Reino Unido mantém-se firme", garante o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, num dia de fortes quedas nas bolsas europeias e asiáticas, na sequência das tarifas impostas pelos EUA.
Starmer assegurou, numa mensagem nas redes sociais, que o seu governo "apoiará as empresas, os empregos e os trabalhadores britânicos". "Defenderemos os nossos interesses nacionais", acrescentou.
"O nosso Plano de Mudança proporcionará a segurança e a renovação de que os trabalhadores necessitam", escreveu na rede social X.
Chanceler alemão eleito avisa: os mercados “ameaçam deteriorar-se ainda mais”
Friedrich Merz, o chanceler alemão eleito, considerou que a situação dos mercados bolsistas e obrigacionistas internacionais pode ainda piorar mais, na sequência das novas tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA.
Merz falou mesmo numa situação "dramática" e disse que os mercados “ameaçam deteriorar-se ainda mais".
"É, pois, mais urgente do que nunca que a Alemanha restaure a sua competitividade internacional o mais rapidamente possível”, disse Friedrich Merz à Reuters.
Bolsas de Xangai e Shenzhen caem 7,34% e 9,66%
As bolsas de Xangai e de Shenzhen caíram 7,34% e 9,66%, respetivamente, num dia marcado pela reação do mercado às contramedidas chinesas anunciadas na sexta-feira às taxas impostas por Washington sobre produtos do país asiático.
A Bolsa de Xangai desceu 245,43 pontos para 3.096,58, enquanto a Bolsa de Shenzhen caiu 1001,23 pontos para 9.364,5.
Os dois índices viram assim evaporar-se os ganhos acumulados desde setembro passado, quando os anúncios de estímulo económico das autoridades chinesas levaram o índice a máximos não vistos desde 2023.
As perdas nas bolsas da China continental ocorreram num dia em que outras bolsas asiáticas também registaram quedas significativas, a maior de sempre no caso do índice de referência da Bolsa de Valores de Taipé, o Taiex.
Lusa
China classifica as tarifas impostas pelos EUA de "bullying". São "intimidação unilateral e protecionista”
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China classificou as tarifas que os EUA querem impor de "bullying".
As tarifas "recíprocas" do presidente norte-americano Donald Trump são "uma típica intimidação unilateral e protecionista", afirmou Lin Jian, de acordo com a imprensa internacional.
Para Pequim, as tarifas anunciadas por Trump apenas servem os interesses dos EUA.
De recordar que, o presidente dos EUA anunciou uma taxa de 34% sobre todos os produtos chineses, tendo Pequim retaliado na mesma proporção. Mas em alguns produtos made in China o valor das tarifas é superior.
Probabilidade de recessão nos EUA é de 45%, avalia Goldman Sachs
A probabilidade de recessão nos EUA é de 45%, avalia a Goldman Sachs, depois de anunciadas as novas tarifas aduaneiras por Donald Trump, presidente norte-americano, segundo avança esta segunda-feira a Sky News.
JP Morgan deu a conhecer na semana passada as suas estimativas, dando conta de que as probabilidades de uma recessão nos EUA e no mundo são de 60%.
Bolsas europeias em forte queda devido à inflexibilidade de Donald Trump
As principais bolsas europeias abriram esta segunda-feira em queda livre, a seguir a tendência das praças asiáticas, devido à inflexibilidade de Donald Trump sobre as tarifas impostas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos.
Às 08:25 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a recuar 5,56% para 465,76 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 4,74%, 5,64% e 9,44%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 4,68% e 1,64%.
A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 08:25 o principal índice, o PSI, baixava 5,56% para 6.266,78 pontos.
O preço do petróleo Brent para entrega em junho, a referência na Europa, baixava para 62,77 dólares, contra 65,77 dólares na sexta-feira.
O euro estava a avançar, a cotar-se a 1,1028 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,0956 dólares na sexta-feira.
Lusa
Reunião dos ministros da UE marcada para esta manhã. Resposta às tarifas dos EUA em cima da mesa
Os ministros da União Europeia (UE) reúnem-se na manhã desta segunda-feira em Luxemburgo para analisar a resposta da bloco comunitário às tarifas aduaneiras anunciadas pelos EUA. Comissário europeu para o comércio, Maros Sefcovic, deverá falar sobre as reuniões que manteve na semana passada com responsáveis norte-americanos
Ao secretário de comércio dos EUA, Howard Lutnick, e ao representante comercial dos EUA, Jamieson Gre6e, o comissário europeu para o Comércio disse que as tarifas de Trump eram “prejudiciais” e “injustificadas”.
Na reunião de hoje, os ministros dos 27 Estados-membros vão analisar a resposta às tarifas impostas pelos EUA de 20% a todos os produtos da União Europeia.
Preço do barril do Brent cai 2,83 % devido ao impacto das tarifas dos EUA
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em junho abriu esta segunda-feira a cair 2,83% no mercado de futuros de Londres para os 63,72 dólares, após uma queda nos mercados asiáticos devido ao impacto das tarifas.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, caiu 2,83% face ao fecho de sexta-feira, quando fechou a cotar nos 65,58 dólares, mantendo-se abaixo da marca dos 70 dólares.
O petróleo está a sofrer o impacto da decisão do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, de impor tarifas a nível mundial e da retaliação da China, que impôs uma tarifa de 34% sobre os produtos importados dos EUA.
A decisão de Pequim entrará em vigor a 10 de abril, de acordo com uma declaração do Governo chinês.
O índice de referência da Bolsa de Taipé, o Taiex, sofreu hoje a sua maior queda diária da história, no meio do pânico dos investidores após as tarifas sobre os produtos taiwaneses anunciadas na semana passada por Trump.
Lusa
Bolsa de Lisboa abre a cair 5,26%
A bolsa de Lisboa abriu esta segunda-feira em forte queda, com o índice PSI (Portuguese Stock Index) a cair 5,26%, para os 6.286,68 pontos.
Na sexta-feira, a bolsa de Lisboa fechou a cair 4,75%, para 6.635,79 pontos, com a EDP Renováveis e o BCP a registarem perdas superiores a 9%, num dia de fortes quedas na Europa, devido às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As ações asiáticas abriram hoje também em forte queda, dando seguimento ao colapso de sexta-feira em Wall Street devido à imposição de tarifas por Donald Trump, e à reação de Pequim.
Lusa
Bilionário que apoia Trump fala em “guerra nuclear económica"
O bilionário Bill Ackman apoiou a candidatura de Donald Trump na corrida à Casa Branca, mas sugere que o presidente dos EUA deve fazer "uma pausa de 90 dias” na guerra comercial que despoletou ao anunciar a aplicação de novas tarifas aduaneiras.
O gestor de fundos disse mesmo que o investimento das empresas “vai parar” devido à “guerra nuclear económica" imposta pelos EUA "contra todos os países do mundo".
Apesar da instabilidade nos mercados internacionais, Trump não cede. "Aguentem firme, não vai ser fácil"
O presidente dos EUA, Donald Trump, não vai ceder na aplicação de taxas aduaneiras, apesar da forte instabilidades nos mercados financeiros, com as bolsas asiáticas a abrir em queda, por exemplo, depois do colapso de Wall Street na sexta-feira.
Trump disse a bordo do Air Force One que as taxas aduaneiras não serão levantadas a menos que os governos estrangeiros paguem “muito dinheiro”.
“Não quero que nada se afunde, mas às vezes é preciso tomar um remédio para resolver alguma coisa”, disse o presidente norte-americano, citado pela Sky News.
“Falei com muitos líderes, europeus, asiáticos, de todo o mundo. Estão desejosos de chegar a um acordo. E eu disse: não vamos ter défices com o vosso países", afirmou.
"Venceremos. Aguentem firme, não vai ser fácil”, reconheceu Donald Trump na sua rede social, a Truth Social.
Bolsas asiáticas em forte queda depois de colapso de Wall Street
As bolsas asiáticas abriram esta segunda-feira em forte queda depois do colapso de sexta-feira em Wall Street, na sequência do anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor novas tarifas aduaneiras.
O Nikkei, o principal índice da bolsa nipónica, abriu a perder quase 8%, logo após a abertura do mercado e, uma hora mais tarde, estava a cair 7,1%, para 31 375,71. O segundo índice nipónico, o Topix, também abriu a perder 8,64% no início da sessão, segundo noticia a Lusa.
Já o Kospi da Coreia do Sul abriu a perder 5,5% para 2.328,52 e o S&P/ASX 200 da Austrália começou as negociações a cair 6,3% para 7.184,70.
No que se refere ao índice de referência da Bolsa de Taipé, o Taiex, poucos minutos após a abertura, caiu 9,8%, perdendo 2.054 pontos, para 19.243.
Sobre os preços do petróleo continuaram em plano descendente, com o preço de referência do petróleo dos EUA a cair 4%, ou 2,50 dólares, para 59,49 dólares por barril. O petróleo Brent, o padrão internacional, cedeu 2,25 dólares para 63,33 dólares por barril, de acordo com a Lusa.
O dólar americano apresentou-se a cair para 145,98 ienes japoneses, de 146,94 ienes e o euro subiu de 1,0962 dólares para 1,0967 dólares.
Trump sobre Europa. "Não há conversações a não ser que nos paguem muito dinheiro por ano”
O presidente dos EUA voltou a dizer que a Europa tratou "muito mal" os Estados Unidos.
“Ficamos com os carros deles, Mercedes, Volkswagen, BMW... ficamos com milhões de carros, eles não ficam com nenhum carro. Não levam os nossos produtos agrícolas, não levam nada. A Europa tratou-nos muito mal. Colocámos uma grande tarifa sobre a Europa”, disse Donald Trump a bordo do Air Force One.
Donald Trump disse que a União Europeia quer “sentar-se à mesa” para negociar, mas avisou que qualquer acordo terá condições.
“Não há conversações a não ser que nos paguem muito dinheiro por ano”, avisou. "Tiraram muita da nossa riqueza e não vamos permitir que isso aconteça, justificou Trump, segundo a Sky News.
As críticas à Europa são reiteradas pelo presidente dos EUA, que sugere reparações ao referir-se ao excedente comercial da UE com os Estados Unidos.
A tarifa de 20% anunciada por Trump deverá começar a ser aplicada a partir desta quarta-feira.
África do Sul não agirá por despeito nem por emoção a tarifas e 31 % impostas pelos EUA
O presidente da África do Sul disse no domingo que o seu Governo não responderá por despeito ou guiado por emoções às tarifas de 31% que o Presidente dos Estados Unidos impôs às exportações sul-africanas.
“Estas são questões que vamos continuar a tratar de forma muito responsável e muito apropriada. Não somos um Governo que age por despeito e não somos um Governo que age por emoção”, disse Cyril Ramaphosa à imprensa durante uma assembleia do seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC).
O líder sul-africano defendeu que os EUA, “como país soberano, têm o direito de tomar as decisões que quiserem”.
“Eles impuseram tarifas e estamos a examinar o impacto que terão sobre nós”, acrescentou.
Na sexta-feira, o ministro das Relações Internacionais e da Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola, afirmou que as tarifas recíprocas afetariam vários setores da economia sul-africana, incluindo a indústria automóvel, a agricultura, os alimentos e bebidas processados, os metais, os produtos químicos e outros segmentos da indústria.
Embora alguns produtos, como o aço, os produtos farmacêuticos e certos minerais críticos e recursos energéticos, tenham beneficiado de isenções, Lamola advertiu que as tarifas terão “implicações para o emprego e o crescimento” no país.
Para contrariar o impacto, Lamola disse que Pretória já está a trabalhar para diversificar os destinos de exportação para novos mercados em África, na Ásia, na Europa, no Médio Oriente e nas Américas.
Lusa
Bolsas de Xangai e Shenzhen com quedas de 6,34% e 8,01% a meio da sessão
As bolsas da China continental afundaram a meio da sessão de hoje, na sequência do pacote de medidas anunciado na sexta-feira pelas autoridades chinesas em resposta às taxas impostas por Washington sobre produtos chineses.
O índice de referência da Bolsa de Xangai descia 212,23 pontos (-6,34%) no início da pausa para almoço, enquanto a Bolsa de Shenzhen caía 830,63 pontos (-8,01%).
As bolsas de valores do continente chinês e de Hong Kong não negociaram na passada sexta-feira devido a um feriado local.
Lusa
Bolsa de Valores de Hong Kong afunda 10,7% a meio da sessão
O principal índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, estava a cair 10,7% no intervalo da sessão de hoje, face ao agravamento da guerra comercial entre Pequim e Washington.
O índice perdia 2.443 pontos, para 20.405,96, enquanto o índice que mede o desempenho das empresas da China continental cotadas na bolsa de Hong Kong, o Hang Seng China Enterprises, caía 10,8%.
A Bolsa de Valores de Hong Kong não negociou na passada sexta-feira devido a um feriado local.
Lusa
Taxas alfandegárias arruinaram acordo de princípio com a China sobre TikTok, admitiu Trump
O presidente norte-americano, Donald Trump, explicou no domingo que a decisão de impor taxas alfandegárias a nível global anulou um acordo inicial com a China sobre as operações da aplicação TikTok nos Estados Unidos.
“Tínhamos um acordo com o TikTok, não exatamente um acordo, mas bastante próximo, e depois a China alterou-o por causa das taxas”, disse Trump aos jornalistas a bordo do Air Force One.
“Se eu tivesse reduzido ligeiramente as taxas, eles teriam aprovado o acordo em 15 minutos, o que mostra o poder das taxas”, acrescentou.
Trump lançou na quarta-feira uma guerra comercial contra o resto do mundo, impondo uma taxa mínima de 10% sobre todas as importações. No caso da China, as taxas são de 34%. Pequim retaliou com taxas no mesmo valor sobre produtos norte-americanos.
Uma lei aprovada durante o mandato de Joe Biden (2021-2025) obriga a empresa chinesa ByteDance, proprietária do TikTok, a desassociar-se da rede social no mercado norte-americano para que a plataforma possa operar no país.
Devido à ausência de um acordo, a aplicação deixou de funcionar durante algumas horas nos Estados Unidos, até que Trump, no seu primeiro dia na Casa Branca, assinou uma ordem executiva a conceder uma extensão de 75 dias, prazo que expirou este sábado e acaba de ser prorrogado.
Trump disse que está disposto a conceder à China um alívio nas taxas, desde que Pequim aprove esse pacto, sobre o qual tem direito de veto.
Lusa
China preparada para travar guerra comercial com Estados Unidos
O jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) admitiu esta segunda-feira que as taxas impostas por Washington terão impacto na economia chinesa, mas ressalvou que a liderança em Pequim já vinha a preparar-se para este momento.
“Embora os mercados internacionais considerem, de modo geral, que os abusos tarifários dos Estados Unidos excederam as expectativas, o Comité Central do Partido [Comunista] já tinha previsto esta nova ronda de contenção e repressão económica e comercial contra a China, estimou plenamente o seu potencial impacto e preparou planos de resposta com tempo de antecipação e reservas suficientes”, afirmou o Diário do Povo.
Reconhecendo que a aplicação de taxas alfandegárias adicionais de 34% sobre as importações oriundas da China, além das taxas de 20% impostas anteriormente, resultará numa “redução do comércio bilateral com os EUA” e num “impacto negativo a curto prazo para as exportações”, o jornal lembrou que “muitos produtos dos EUA têm elevada dependência da China”.
“Os EUA dependem da China não só para muitos bens de consumo, mas também para investimento e produtos intermédios, com uma dependência superior a 50% em várias categorias, o que torna difícil encontrar alternativas no mercado internacional a curto prazo”, lê-se no editorial.
A percentagem das exportações da China para os Estados Unidos, em relação ao total das suas vendas externas, caiu de 19,2%, em 2018, para 14,7%, em 2024. Parte desta queda deve-se ao ‘comércio triangular’, no qual os produtos são exportados quase concluídos da China para outros países, incluindo Vietname, Tailândia ou Camboja, onde é acrescentado um componente ou acabamento, visando alterar o local de fabrico, visando contornar as taxas. O jornal não refere este fenómeno.
O Diário do Povo lembrou que, nos últimos anos, “apesar das pressões internas e externas”, Pequim “tem persistido em fazer coisas difíceis, mas corretas”, incluindo desalavancar o setor imobiliário e reduzir o endividamento das administrações locais e das pequenas e médias instituições financeiras.
“Estes três grandes riscos foram eficazmente controlados e contidos e estão a diminuir”, assegurou.
Apontando a “grande dimensão” da economia chinesa, o jornal lembrou que a China dispõe de instrumentos de política monetária, como a redução do rácio de reservas obrigatórias e das taxas de juro, para estimular o consumo interno com uma “força extraordinária”, o que permitiria ao país asiático reduzir a sua dependência das exportações.
“O mercado interno tem uma ampla margem de manobra”, afirmou o jornal oficial do Partido Comunista Chinês. E sublinhou ainda a capacidade do país para transformar o efeito adverso das medidas dos EUA num “impulso” para acelerar a transformação económica e a “inovação industrial”.
“Estrangular, reprimir e restringir apenas forçará a China a acelerar os avanços tecnológicos fundamentais em áreas-chave”, avisou.
Pequim lançou na passada sexta-feira várias contramedidas às taxas anunciadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.
As medidas de Pequim incluem taxas de 34% sobre produtos oriundos dos EUA, sanções contra empresas norte-americanas, restrições à exportação de certas terras raras ou a abertura de investigações antimonopólio e ‘antidumping’ contra empresas e produtos norte-americanos.
“Perante a inconstância e a pressão extrema dos Estados Unidos, não fechámos a porta às negociações”, apontou o Diário do Povo. “Mas também não alimentamos esperanças, tendo feito vários preparativos para responder aos impactos”, esclareceu.
Lusa