Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal.
Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal.Foto: Filipe Amorim/Global Imagens

Receitas da dona da Meo crescem 2,4% para 697 milhões até março

A Altice Portugal investiu 100 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano. CEO realça que política de investimento permitiu garantir continuidade da operação durante o apagão de 28 de abril.
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A Altice Portugal, dona da operadora de telecomunicações Meo, fechou o primeiro trimestre deste ano a somar receitas de 697 milhões de euros, um aumento de 2,4% face a igual período de 2024, divulgou esta terça-feira a empresa liderada por Ana Figueiredo. Esta performance foi influenciada negativamente pela quebra das receitas registada na Altice Labs.

Excluindo esta participada, as receitas da Altice Portugal apresentaram um crescimento de 7%, impulsionado pelos "aumentos de 8,4% no Segmento Consumo, suportado essencialmente no negócio da energia, e de 5,3% no Segmento de Serviços Empresariais", diz em comunicado.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu 244 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, verificando uma redução de 5,6% face ao período homólogo do ano anterior.

A Altice Portugal realça que, excluindo o desempenho da Altice Labs, o EBITDA caiu 1,4%. Este resultado é justificado pelos "aumentos de custos diretos e comerciais associados ao crescimento da base de clientes de Energia, assim como a sazonalidade dos mesmos", revela.

Entre janeiro e março deste ano, a Altice Portugal investiu 100 milhões de euros, mais 1,3% face ao período homólogo. "Este aumento reflete a ambição da empresa para o futuro num setor que enfrenta desafios cruciais, como a atualização tecnológica, a segurança, a expansão e a melhoria da qualidade da conectividade", lê-se na nota enviada às redações.

Na mensagem que integra a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, Ana Figueiredo realça o volume de investimento aplicado pela companhia, que "não é apenas expressivo, é estruturante e necessário para o país". Na sua opinião, "vivemos um tempo em que a tecnologia se impõe como eixo central da competitividade".

"A inteligência artificial, a automatização, a convergência entre energia e comunicações e a crescente exigência de conectividade permanente colocam novos desafios à nossa atuação.", diz. No apagão energético de 28 de abril, a MEO manteve-se operacional, fruto do "investimento sólido e constante ao longo dos anos que nos permitiu garantir a continuidade num momento crítico para o país", realça ainda.

Numa análise mais fina, a Altice Portugal adianta que as receitas do segmento consumo ascenderam a 374 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, suportadas na expansão da base de clientes e dos serviços fixos e móveis pós-pagos. As receitas de serviço aumentaram 9,1%.

No segmento consumo, a base de clientes únicos fixos aumentou 0,1%, o que traduz mais 1,2 mil adições líquidas, num total de 1,7 milhões de clientes.

As receitas do segmento de serviços empresariais atingiram 323 milhões de euros, um crescimento de 5,3% face ao período homólogo, mas valor que exclui a Altice Labs.

Atualmente, a base total de RGU's (número de serviços prestados) ascende a cerca de 14 milhões e o total de clientes únicos do segmento consumo totaliza 1,7 milhões. Segundo o comunicado, o total de serviços fixos aumentou 0,8% neste primeiro trimestre de 2025, face ao mesmo período do ano anterior, fixando-se nos seis milhões.

A base de clientes do serviço de televisão por subscrição e conectividade cresceu 1,8% e 2,2% respetivamente, mantendo-se ambas em 1,9 milhões. Já a base de clientes móveis pós-pago é de 5,3 milhões, tendo crescido 0,4% (mais 22 mil clientes), impulsionada pela convergência, face ao último trimestre de 2024.

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