Miguel Pinto Luz: Privatização da TAP? "100% deve ser o limite"
O ministro das Infraestruras e Habitação afiança que o desejo do Executivo seria alienar o total do capital da TAP, embora admita que o Governo "é minoritário" e, por isso mesmo, estará aberto à discussão e forma a chegar a um "consenso alargado".
"100% da [venda] TAP é a nossa posição, em todos os momentos. 100% deve ser o limite. Não nos podemos arriscar a fazer uma privatização para depois outro partido mais à frente a desfazer", disse esta quarta-feira, 12, Miguel Pinto Luz que está a ser ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.
Aos deputados, o ministro defendeu que o objetivo é que a TAP deixe de ser "uma coutada do Estado" e que seja "imune em interesses". "A TAP precisa de independência para que no futuro não sejamos obrigados a fazer injeções de 3,2 mil milhoes de euros", apontou.
Miguel Pinto Luz assegurou que a TAP "deve ser capaz de competir em mercado aberto" e se não for capaz de o fazer "outras companhias serão".
O governante recusou tecer comentários à notícia da Bloomberg, que dá conta da intenção do Governo alienar 49% do capital da TAP. "Não tenho nada a acrescentar a esta notícia. Este governo é minoritário e irá fazer a discussão", assegurou.
O ministro reiterou que o Governo irá publicar, nas próximas semanas, o decreto-lei que dará o pontapé de saída para a reprivatização da companhia de bandeira, com divulgação das regras para a venda da transportadora aérea.
"Queremos um processo o mais transparente e dialogante possível", frisou.