A Galp teve um lucro de 565 milhões de euros até junho, uma queda de 9% face ao período homólogo, impactado pela concentração de paragens para manutenção do primeiro trimestre, segundo comunicou esta segunda-feira a petrolífera.No segundo trimestre do ano, o resultado líquido ajustado da Galp subiu 25% para 373 milhões de euros, "suportado pelo aumento da produção de petróleo e gás natural no Brasil e por um forte desempenho da atividade de trading de produtos nos mercados internacionais", destaca a empresa.Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a petrolífera adianta que o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (EBITDA) caiu no primeiro semestre 16% para 1,5 mil milhões de euros, "dadas as condições macroeconómicas mais desafiantes". Cerca de 80% do resultado teve origem nos mercados internacionais, com destaque para as atividades de 'upstream' (exploração) e de 'trading' e para as exportações de produtos a partir de Portugal..Galp adquire direitos de exploração de petróleo em três novas áreas na costa do Brasil.Deste valor, cerca de 80% teve origem nos mercados internacionais, com destaque para as atividades de 'upstream' (exploração) e de 'trading' e para as exportações de produtos a partir de Portugal.Entre abril e junho, a petrolífera melhorou os resultados "em todas as áreas de negócio", o que compensou "a queda nas cotações do crude que penalizou a performance financeira do 'Upstream', tradicionalmente o principal motor dos resultados da empresa", explica.A Galp anunciou que as melhorias registadas neste trimestre permitiram rever em alta algumas das projeções operacionais (de produção) e financeiras para o resto do ano, apesar da desvalorização do dólar..Lucro da Galp caiu 41% no primeiro trimestre para 192 milhões de euros. No segundo trimestre, a empresa investiu 190 milhões de euros, sendo o principal destino - num total de 81 milhões de euros (43%) -, a pesquisa e exploração no Brasil, essencialmente no projeto Bacalhau, segundo a comunicação ao mercado.Cerca de 74 milhões de euros foram aplicados em Sines, "na construção do eletrolisador de 100MW para a produção de hidrogénio verde, um dos maiores da Europa, e da nova unidade para produção de biocombustíveis avançados (HVO/SAF), dois projetos que deverão entrar em operação já no próximo ano", acrescenta a empresa.A conversão e modernização da rede de estações de serviço, a expansão da infraestrutura de carregamento para a mobilidade elétrica - no final de junho, totalizava já 7.700 pontos, um crescimento de 52% em relação ao final de junho de 2024 - e as renováveis absorveram cerca de 30 milhões de euros.No primeiro semestre, o investimento totalizou 484 milhões de euros.Na área das renováveis, entrou em operação no segundo trimestre dois novos parques fotovoltaicos em Espanha que adicionaram 115 MW de capacidade instalada em operação – que agora totaliza 1,7 GW.