Licenciamentos cresceram 65% na última década
O licenciamento de edifícios está finalmente a ganhar ritmo no país. No ano passado, foram licenciados 25,4 mil edifícios, um crescimento de 8,2% face a 2023, indica esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Na última década, o número de edifícios licenciados aumentou cerca de 10 mil, passando de 15,3 mil em 2015 para 25,4 mil em 2024, um crescimento de 65,5%, destaca também o gabinete de estatísticas.
Como adianta, há a registar duas fases distintas. Entre 2015-2019, as variações anuais positivas sentiram-se a partir de 2016. Nesse ano, registou-se um aumento do número de licenciamentos de 12,1%, seguido por crescimentos de 12% em 2017 e de 19,4% em 2018.
Já no período 2020-2024, após a contração de 3,3% em 2020 (ano da pandemia), destaca-se o exercício de 2021, onde se atingiu neste indicador o máximo da década, ou seja, foram licenciados 26,1 mil edifícios, mais 10,4%.
Os anos seguintes foram marcados por oscilações, com descidas em 2022 (menos 4,4%) e em 2023 (menos 6,1%), mas com um volte face positivo no ano passado, como já referido.
No conjunto deste segundo quinquénio, o número de edifícios licenciados foi 24,5% superior ao período de 2015-2019, "confirmando uma expansão da atividade de licenciamento", diz o INE.
Mais investimento a norte
O Norte concentrou 37,8% do total de edifícios licenciados no ano passado, 45,5% dos fogos licenciados em construções novas para habitação e 38,2% da área total licenciada em Portugal.
A região da Grande Lisboa representou 11,6% dos edifícios licenciados, 12,3% dos fogos licenciados em construções novas para habitação e 22,2% da área total licenciada.
No que toca à conclusão de empreitadas, o gabinete nacional de estatísticas revela que, em 2024, registou-se uma quebra homóloga de 7,5%, para 16 mil edifícios.
No Norte, registaram-se 37,7% dos edifícios concluídos, 43,7% dos fogos em construções novas para habitação e 42,7% da área concluída no ano passado.
Na região de Lisboa, os edifícios concluídos corresponderam a 11,0% do total nacional. Os fogos e a área concluída representaram ambos 11,6%.