Licenciamento de fogos cresce 36% no primeiro trimestre
No primeiro trimestre deste ano, foram licenciados 7064 edifícios, um crescimento homólogo de 20,3%, divulgou esta quinta-feira (dia 12 de junho) o Instituto Nacional de Estatística (INE). Deste volume, 4223 referem-se a construção nova para habitação familiar. É um aumento de 20,4% face ao primeiro trimestre de 2024.
Os mais de quatro mil edifícios licenciados para habitação no início deste ano irão trazer para o mercado 10 240 fogos, mais 36% quando comparado com igual período do ano anterior. É um reforço na oferta futura, tendo em conta a variação de 23,5% verificada no último trimestre de 2024.
Segundo avança o INE, verificaram-se "aumentos significativos" no licenciamento de fogos em construções novas para habitação familiar na Madeira, Grande Lisboa e Açores.
O crescimento de 139,7% registado na Região Autónoma da Madeira deveu-se ao aumento do licenciamento de novos fogos no município do Funchal, diz o instituto.
Na Grande Lisboa, o aumento de 126,4% no número de fogos licenciados é justificado por um conjunto de operações de licenciamento de maior dimensão, principalmente em Loures, Lisboa e Sintra.
Já na Península de Setúbal, Alentejo e Algarve observaram-se variações negativas no número de fogos licenciados. Em Setúbal, a quebra foi de 26,7%, no Alentejo de 26,7% e no Algarve de 4,8%.
No primeiro trimestre deste ano, foi também aprovada a reabilitação de 1455 edifícios, um incremento homólogo de23,7%. O número de edifícios licenciados de construção nova atingiu os 5233, mais 21,3%. No período em análise, a área total licenciada registou um crescimento de 40,5%.
Norte mais ativo
O Norte concentrou 37,5% do total de edifícios licenciados, 38,1% das construções novas, 35,1% dos edifícios destinados à reabilitação e 40,6% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar. Foi a região do país mais ativa no desenvolvimento de processos imobiliários.
O Centro ocupou a segunda posição, com 20,2% dos edifícios licenciados, 20,4% das construções novas e 19% dos edifícios destinados a reabilitação. Nos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar, a região ocupou a terceira posição, representando 15,6% do total.
Segundo o INE, a Grande Lisboa posicionou-se maioritariamente na terceira posição, mas registou o segundo maior peso nos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar (21,3%). A região representou 12,2% no total de edifícios licenciados, 17,2% nas obras de reabilitação e 11% nas construções novas.
Nos três primeiros meses deste ano, foram concluídos 3885 edifícios, um aumento homólogo de 1,1% e uma inversão da redução de 3,6% verificada no trimestre anterior.