Licenças para construção crescem 10% até julho
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Licenças para construção crescem 10% até julho

Mercado imobiliário continua a ganhar dinamismo este ano. Autarquias emitiram perto de 16 mil licenças para construção nos primeiros sete meses do ano de acordo com a AICCOPN.
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O mercado imobiliário tem apresentado "um forte dinamismo" em 2025 com a evolução dos processos de licenciamento a assumir destaque. Nos primeiros sete meses do ano, o número de licenças emitidas pelas autarquias subiram 10% para um total de 15.846 de acordo com a Síntese da Construção da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) divulgada esta quinta-feira, 16.

A síntese rápida detalha que, no mesmo período, a área licenciada em edifícios avançou 18,1% no segmento habitacional "em contraste com uma expansão mais moderada de 2,1% no caso dos edifícios não residenciais".

O mercado do crédito à habitação segue em linha com um crescimento expressivo nos últimos meses. Contas feitas, e olhando para o mês de agosto, o montante do novo crédito à habitação concedido pela banca disparou 37,7%. "Este desempenho confirma a manutenção de uma dinâmica robusta no financiamento a particulares, reforçando o papel do crédito como suporte essencial à procura habitacional", indica a AICCOPN.

A análise, que tem por base os dados trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE), destaca que entre abril e junho o número de alojamentos transacionados avançou 15,5% para os 42.889. O volume total das transações totalizou os 10,2 mil milhões de euros, "refletindo um crescimento expressivo de 30,4%".

"Nesse mesmo período, o Índice de Preços da Habitação registou um novo máximo histórico, ao evidenciar uma variação homóloga de 17,2%. Em comparação com o trimestre precedente, observou-se ainda uma evolução de 4,7%, confirmando a tendência de valorização acelerada dos preços residenciais, já observada em trimestres anteriores", indica a síntese estatística.

Olhando ainda para os indicadores em crescimento, destaque também para o mercado das obras públicas cujo o montante total dos concursos de empreitadas promovidos até agosto ascendeu aos 7,9 mil milhões de euros, traduzindo-se num crescimento homólogo de 28%.

Em sentido inverso, o consumo de cimento no mercado nacional desacelerou 1,6% nos primeiros oito meses do ano, totalizando 2656,9 milhares de toneladas. "Esta evolução contrasta com a trajetória expansiva observada quer no mercado residencial, quer no segmento das obras públicas, sugerindo que a atividade do setor não se tem traduzido de forma proporcional no consumo deste material essencial", justifica.

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