Jorge Rebelo de Almeida: "Carlos Moedas faz uma grande conversa e um grande papagaio, mas depois esquece-se de limpar a cidade"
"Aconselho todos a morar fora do concelho. Lisboa era uma cidade limpa e hoje deixou de estar limpa, passou a estar suja. Tem um presidente [Carlos Moedas] que faz uma grande conversa e um grande papagaio, mas depois tem-se esquecido de limpar a cidade", apontou esta terça-feira, 28, o presidente do grupo Vila Galé.
Jorge Rebelo de Almeida, que falava num encontro com jornalistas, lamentou a falta de higiene urbana nas ruas da capital e garantiu que a limpeza deficiente tem motivado reclamações dos turistas que visitam a cidade.
"Apesar de não morar aqui, preocupa-me porque já temos queixas dos turistas a dizer que a cidade passou a estar suja. Os turistas têm razão para se queixar, mas mais do que os turistas quem mora na cidade tem razão para se queixar", adiantou.
As criticas estenderam-se ainda à cobrança da taxa turística em Lisboa que duplicou, em 2024, para quatro euros por noite.
"A cidade está suja e temos mais um problema acrescido. Passamos a pagar mais uma taxa turística agravada, mas nem assim chega para limpar a cidade", acusou.
"Sou jurista e, no meu entendimento, as taxas turísticas não são para serem aplicadas para resolver problemas gerais do orçamento das câmaras municipais, não é para pagar o lixo. Esse custo deve sair do orçamento da câmara", defendeu.
Recorde-se que em 2024 os municípios encaixaram uma receita recorde de 92 milhões de euros com a tributação das dormidas dos turistas. A câmara liderada por Carlos Moedas amealhou a maior fatia das receitas, num total de 49,9 milhões de euros prevendo, em 2025, arrecadar 87,5 milhões de euros.
A Vila Galé anunciou esta terça-feira um resultado histórico de 106 milhões de euros de lucros em 2024 e de 290 milhões de euros na operação conjunta em Portugal, Espanha e Brasil.