O que é que a mobilidade tem a ver com energia?, questionou o secretário de Estado e Adjunto da Energia, para logo responder que “tem tudo a ver”. De facto, “os transportes nacionais contribuem com cerca de 30% para as emissões de gases com efeito de estufa”, como lembrou Jean Barroca. O governante falava no encerramento do Portugal Mobi Summit, que decorreu estas quarta e quinta-feira no auditório do IPMA, em Algés.Por isso mesmo, a estratégia de descarbonização que consta do PNEC 2030 prevê a redução das emissões em 55% até 2030, com as energias renováveis a representarem 51% do consumo final até aquela data, disse.Nesta matéria, Portugal pontua bem a nível europeu, figurando no 6º lugar ao nível da quota de mobilidade elétrica, o que, representa uma certa “maturidade do mercado”, como noticiou o DN esta semana..Portugal está em 6º lugar na mobilidade elétrica ao nível da União Europeia. Mas, como sublinhou o secretário de Estado, “a transição energética vai muito além dos veículos elétricos e enfrenta desafios técnicos, como, por exemplo, o desenvolvimento da fileira do biometano e do hidrogénio verde”.O país tem de “transformar resíduos em ativos, porque essa orientação permite desenvolver combustíveis renováveis”. E para lá do objetivo ambiental, existe todo o desenvolvimento de uma capacidade de inovação que gera valor e emprego e desenvolvimento, disse ainda o governante.A propósito, Jean Barroca referiu que já se encontra em consulta pública o novo diploma sobre combustíveis alternativos, bem como o plano de ação que está relacionado com o regulamento europeu AFFIR sobre mobilidade elétrica. O projeto do novo regime jurídico da mobilidade elétrica foi conhecido em agosto último, mas a ERSE (Entidade Reguladora do Setor Energético), acaba de abrir um processo de consulta pública para revisão, disse o governante.“O objetivo do novo regime legal é simplificar e acelerar o carregamento, bem como o processo de licenciamento dos pontos de carregamento, numa lógica de apoio tácito, sem burocracia, com fiscalização posterior”, assumiu Jean Barroca.“Portugal já provou que sabe liderar este processo, agora é preciso garantir que a mobilidade elétrica é acessível para todos”, concluiu o governante no final do segundo dia da conferência sobre mobilidade sustentável, Mobi Summit, uma iniciativa das marcas DN, Dinheiro Vivo, JN e TSF..Cascais quer gerir comboios da Linha e tornar viagens gratuitas para residentes