Famílias portuguesas com maior aumento do rendimento real na OCDE em 2024
Leonel de Castro/Global Imagens

Famílias portuguesas com maior aumento do rendimento real na OCDE em 2024

O aumento do rendimento real ‘per capita’ das famílias portuguesas foi de 6,7%, “impulsionado principalmente pela remuneração dos trabalhadores e por uma diminuição dos impostos pagos”, diz OCDE.
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O rendimento real ‘per capita’ das famílias portuguesas foi o que mais aumentou em 2024 entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ao subir 6,7% face a 2023.

Segundo os dados divulgados esta terça-feira pela OCDE, no ano passado, todos os países da organização para os quais havia dados disponíveis – exceto a Finlândia e a Austrália – registaram um crescimento do rendimento real ‘per capita', destacando-se Portugal com o maior aumento, de 6,7%, “impulsionado principalmente pela remuneração dos trabalhadores e por uma diminuição dos impostos pagos”.

Já a Austrália registou o maior declínio (-1,8%), embora tenha melhorado em relação à queda recorde de 5,1% registada em 2023, “impulsionada principalmente por pagamentos de juros e impostos mais elevados”.

No conjunto dos países da OCDE, o rendimento real das famílias ‘per capita’ cresceu 1,8% em 2024, ligeiramente acima dos 1,7% de 2023.

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Segundo nota a OCDE, o aumento anual do rendimento real das famílias ‘per capita’ observado em 2024 na maioria dos países membros da organização ocorreu na sequência do abrandamento da inflação face ao ano anterior.

Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, o rendimento real das famílias ‘per capita’ na OCDE aumentou 0,5% face aos três meses anteriores, acelerando face à evolução em cadeia de 0,2% registada no trimestre anterior, enquanto o PIB real ‘per capita’ cresceu 0,4%.

Apesar deste aumento geral no último trimestre de 2024, o cenário foi misto nos países da OCDE: Dos 19 países para os quais existem dados disponíveis, nove registaram um aumento, sete uma diminuição e três não registaram alterações.

Entre as economias do G7, o rendimento real das famílias ‘per capita’ cresceu (em cadeia) em apenas dois países – Reino Unido e EUA –, enquanto os restantes sofreram uma contração ou uma estagnação.

O Reino Unido registou um aumento (1,5%), impulsionado principalmente pela remuneração dos trabalhadores e pelas prestações sociais, enquanto o PIB real ‘per capita’ diminuiu ligeiramente (-0,1%).

Já os EUA apresentaram um crescimento mais moderado do rendimento real das famílias ‘per capita’ (0,3%), também impulsionado principalmente pela remuneração dos trabalhadores, enquanto o PIB real ‘per capita’ aumentou 0,5%.

A Itália registou uma queda (-0,6%), em parte devido a uma diminuição dos rendimentos líquidos de propriedade e a um aumento das contribuições sociais, enquanto o PIB cresceu ligeiramente (0,1%).

Por sua vez, a Alemanha sofreu descidas tanto no rendimento real das famílias ‘per capita’ como no PIB real ‘per capita’ (-0,5% e -0,2%, respetivamente).

Quanto ao Canadá e à França, registaram uma interrupção do crescimento do rendimento real das famílias ‘per capita’ (de 1,4% e 0,9%, respetivamente, no trimestre anterior, para 0,0% no quarto trimestre de 2024).

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