É com maior cautela que os portugueses estão a planear as despesas da época festiva que se avizinha. As famílias estimam gastar este ano, em média, 258 euros com as compras de Natal, o que representa um recuo de 5% face a 2024, segundo os dados do estudo Observador Cetelem Natal, cedidos ao DN.Depois de no ano passado as intenções de consumo terem atingido um máximo de três anos, que representou um salto de 27% para os 272 euros, as famílias voltam a refrear o orçamento alocado para os presentes. Ainda assim, o montante destinado aos gastos deste mês de dezembro é superior ao dos anos de 2023 (215 euros) e de 2022 (239 euros).Dos inquiridos, mais de metade, 55%, planeia gastar o mesmo que em 2024, 27% afirma que irá gastar menos e 13% admite despender uma quantia maior. Numa leitura mais fina às expectativas de encargos, 59% gastará menos de 250 euros, enquanto que 32% fixou um orçamento entre os 251 euros e os mil euros.Para fazer face aos encargos extraordinários desta época, 68% dos participantes do estudo admite que irá recorrer ao subsídio de Natal. Um terço dos portugueses diz que terá de utilizar “uma parte significativa” deste rendimento adicional, 27% prevê socorrer-se de “uma pequena parte”, 15% não irá utilizar e 8% assume que utiliza, mas que é insuficiente. O crédito é outro dos mecanismos de recurso. Sete em cada dez portugueses têm cartão de crédito e “mais de metade destes prevê utilizá-lo no Natal, gastando em média 348 euros”, acrescenta o estudo.Dos mil inquiridos pelo Observador Cetelem Natal, a grande maioria (95%) irá oferecer presentes de Natal. À semelhança de anos anteriores, os objetos pessoais lideram o topo das preferências com itens como roupa, relógios, perfumes e jóias a assumirem lugar de destaque. Os presentes destinados às crianças, como roupas e brinquedos, são a segunda categoria com maior investimento, seguindo-se a fileira das bebidas, chocolates e cabazes. Do ranking de objetos a oferecer nesta época constam ainda elementos decorativos, produtos tecnológicos, como telemóveis e computadores, vouchers e cartões-presente e viagens. E, na hora de presentear alguém, metade dos participantes do inquérito refere que o irá fazer em conjunto, seja com familiares ou amigos.As lojas físicas continuam a reunir a preferência da maioria das famílias (81%) para escolher os presentes de Natal, sendo que os centros comerciais e grandes superfícies especializadas e hiper e supermercados reúnem as preferências. Já o comércio online perdeu peso este ano (-4%). E como nem sempre é fácil decidir o que comprar para oferecer a um familiar, amigo ou colega de trabalho, a Inteligência Artificial (IA) ganha destaque no ritual de compras natalícias em 2025: 45% dos portugueses pretendem recorrer à IA para sugestões de prendas e 30% já o fez.Já sobre os planos para a ceia da Consoada e para o almoço de Natal, a maioria das famílias (63%) irá celebrar em casa, enquanto que 25% planeia fazer estas refeições fora de casa..Portugueses e estrangeiros lotam hotéis no Natal e fim de ano com preços a subir até 15%