Scott Bessent e jamieson Greer, em Genebra.
Scott Bessent e jamieson Greer, em Genebra.EPA/MARTIAL TREZZINI

EUA diz ter chegado a acordo para reduzir défice comercial com a China. Pormenores só esta segunda-feira

Chineses falam de reunião "sincera, profunda e construtiva" e da criação de "um mecanismo de consulta económica e comercial entre a China e os EUA".
Publicado a
Atualizado a

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou este domingo ter chegado a um acordo com a China para reduzir o défice comercial dos EUA, falando em "progresso substancial" nas negociações que decorreram durante o fim de semana em Genebra, na Suíça.

"Tenho o prazer de informar que fizemos progressos substanciais entre os EUA e a China nas importantíssimas negociações comerciais", indicou Bessent numa declaração partilhada pela Casa Branca. "Daremos detalhes amanhã [esta segunda-feira], mas posso dizer que as negociações foram produtivas.

Bessent, que reuniu com o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng e outros dois vice-ministros, agradeceu ainda aos suíços pela hospitalidade.

Do lado chinês, Lifeng falou numa reunião "sincera, profunda e construtiva", segundo a agência de notícias Xinhua. E anunciou que "ambas as partes chegaram a um acordo sobre a criação de um mecanismo de consulta económica e comercial entre a China e os Estados Unidos e a realização de mais consultas sobre questões de interesse mútuo".

Além do secretário do Tesouro, as negociações incluíram o representante do Comércio dos EUA, o embaixador Jamieson Greer. "É importante perceber a rapidez com que conseguimos chegar a um acordo, o que reflete que talvez as diferenças não fossem tão grandes como se pensava", indicou.

Greer lembrou contudo o ponto de partida das negociações. "Os Estados Unidos têm um enorme défice comercial de 1,2 biliões de dólares [cerca de 1,1 biliões de euros], pelo que o presidente declarou o estado de emergência nacional e impôs tarifas, e estamos confiantes de que o acordo que fechámos com os nossos parceiros chineses nos ajudará a trabalhar para resolver esta emergência nacional.”

Os EUA impuseram tarifas de 145% a todas as importações chinesas, levando Pequim a retaliar e a impor tarifas de 125% aos produtos norte-americanos. Uma guerra comercial que arrastou o mundo.

Scott Bessent e jamieson Greer, em Genebra.
Trump anuncia "grandes progressos" nas negociações entre China e EUA sobre tarifas
Scott Bessent e jamieson Greer, em Genebra.
Tarifas dos EUA. Diretora do FMI antecipa queda da inflação na Europa com “choque da procura”

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt