ASEAN e China ampliam acordo de comércio livre durante cimeira na Malásia
ANDRES MARTINEZ CASARES/EPA

ASEAN e China ampliam acordo de comércio livre durante cimeira na Malásia

A versão “3.0” do acordo introduz “melhorias” na facilitação do comércio e no acesso aos mercados de serviços, entre outras áreas, segundo um comunicado da ASEAN.
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A Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a China ampliaram esta terça-feira, 28, o seu acordo de comércio livre, após um ano de negociações, num momento em que procuram diversificar parcerias face às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

O primeiro‑ministro chinês, Li Qiang, que lidera a delegação de Pequim na cimeira de chefes de Estado e de Governo da ASEAN e parceiros, em Kuala Lumpur, esteve presente na cerimónia de assinatura da nova versão da “área de comércio livre” entre a China e o bloco, do qual é o principal parceiro comercial.

A versão “3.0” do acordo, assinada pelo ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, e pelo titular malaio do Investimento, Comércio e Indústria, Zafrul Aziz, introduz “melhorias” na facilitação do comércio e no acesso aos mercados de serviços, entre outras áreas, segundo um comunicado da ASEAN.

Entre os objetivos do novo acordo figuram o reforço da “resiliência e solidez das cadeias de abastecimento” e a manutenção de “mercados abertos ao comércio e ao investimento”.

As exportações chinesas para o Sudeste Asiático dispararam nos últimos meses, na sequência das tarifas que o Presidente norte‑americano, Donald Trump, começou a anunciar em abril para os parceiros comerciais, registando em setembro um aumento homólogo de 14,7%, segundo a Administração‑Geral das Alfândegas da China.

A China assume o protagonismo no último dia da cimeira da ASEAN e parceiros em Kuala Lumpur, depois de os Estados Unidos terem estado em destaque no domingo, com a presença de Trump, num contexto de rivalidade geopolítica entre as duas maiores economias do mundo no Sudeste Asiático.

Os encontros de Pequim com o grupo, composto por Singapura, Malásia, Vietname, Indonésia, Tailândia, Filipinas, Myanmar (antiga Birmânia), Brunei, Laos, Camboja e, desde domingo, Timor-Leste, serão seguidos por reuniões com a Nova Zelândia e a Austrália.

Criada em 1967, a ASEAN tem um produto interno bruto combinado de 4,1 biliões de dólares (3,5 biliões de euros) – comparável ao de países como o Japão ou a Índia – e uma população total de cerca de 693,5 milhões de pessoas, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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