António Costa, presidente do Conselho Europeu.
António Costa, presidente do Conselho Europeu.Foto: Paulo Spranger

António Costa envolve-se diretamente em mais uma crise: a da habitação

Ter e poder manter uma casa é "uma das preocupações mais urgentes dos europeus, de Lisboa a Copenhaga, de Dublin a Atenas", declarou o antigo primeiro-ministro português.
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A crise da habitação na União Europeia (UE) está a assumir proporções graves pelo que António Costa, o presidente do Conselho Europeu, vai envolver-se diretamente no problema, na tentativa de o resolver.

"A capacidade financeira para ter uma casa e o acesso à habitação estão entre as preocupações mais urgentes dos europeus, de Lisboa a Copenhaga, de Dublin a Atenas", declarou, esta terça-feira o líder do Conselho.

Costa foi autarca de Lisboa entre 2007 e 2015 e primeiro-ministro de Portugal entre 2015 e 2024, justamente os dois períodos (quase 17 anos) em que a crise habitacional na capital e no país mais cresceu e se agudizou.

Na agenda do presidente do Conselho, onde constam crises graves como as da guerra da Ucrânia ou o "desastre humanitário" em Gaza, vem somar-se agora uma crise interna europeia, que continua a crescer.

Para Costa, a questão da habitação "necessita de ser abordada a todos os níveis: local, regional e nacional" e "precisamos também de refletir sobre a melhor forma de a UE ajudar nestes esforços e ter um impacto concreto no combate a esta crise".

O pontapé de partida de Costa acontece esta quarta-feira, 22 de outubro. O presidente Costa "reunirá com a presidente do Comité das Regiões, Kata Tüttő, com o presidente cessante do Comité Económico e Social, Oliver Röpke, e com o sucessor, Séamus Boland", explica fonte oficial, numa nota enviada às redações.

"A reunião centrar-se-á na forma de abordar a crise da habitação em toda a UE e realiza-se antes da Cimeira Social Tripartida e do debate do Conselho Europeu sobre a habitação."

Em maio deste ano, a abordagem mais geral foi lançada pelo Comité das Regiões quando apresentou um estudo sobre “o papel das cidades e regiões no Plano Europeu para a Habitação Acessível”, no qual destacou "a necessidade de subsidiariedade ativa e de governação a vários níveis para permitir uma abordagem de base local".

Depois disso, em setembro passado, o Comité Económico e Social Europeu apresentou o seu parecer sobre esse plano onde pede uma uma "abordagem coordenada" da UE e dos países da união "para fazer face à escassez de habitação acessível".

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