A Azul realiza os voos de ligação vendidos pela TAP dentro do Brasil. Parceria das empresas começou em 2015, quando David Neeleman, dono da Azul, entrou no capital da TAP.
A Azul realiza os voos de ligação vendidos pela TAP dentro do Brasil. Parceria das empresas começou em 2015, quando David Neeleman, dono da Azul, entrou no capital da TAP.Foto: Mariordo Mario Roberto Duran Ortiz

Azul quer receber 177 milhões da antiga TAP SGPS até final do mês

Prazo foi antecipado porque empresa já entrou em incumprimento anteriormente. Informação foi avançada pelo Jornal de Negócios
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A antiga TAP SGPS, agora SIAVILO, está a ser pressionada a pagar, até ao dia 23 de junho, toda a dívida que resultou do empréstimo contraído em 2016 junto da companhia aérea brasileira Azul e da Parpública. O montante, com juros incluídos, supera atualmente os 235 milhões de euros.

Segundo informação avançada pelo Jornal de Negócios, o Banco Montepio emitiu uma nota de pagamento no passado dia 27 de maio, depois da aprovação, em assembleia extraordinária de obrigacionistas, de uma deliberação que reconhece o incumprimento da TAP SGPS.

Dos mais de 235 milhões, 175,2 milhões correspondem ao empréstimo e juros compostos reclamados pela Azul — fundada por David Neeleman, que era acionista e CEO da Azul e que foi o maior acionista da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway. A este valor acrescem mais de 1,6 milhões de euros em juros simples, num total de quase 177 milhões de euros.

Quanto à Parpública, a TAP SGPS deve à entidade estatal 57,8 milhões, mais 541 mil euros em juros, escreve ainda o Jornal de Negócios.

Os 90 milhões de euros originalmente emprestados pela Azul, a que se juntam 30 milhões concedidos pela Parpública, estão ainda no centro do processo recentemente entregue pela TAP no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, tal como DN já escreveu,e no qual a transportadora portuguesa pretende que o empréstimo obrigacionista emitido em 2016 seja considerado um suprimento - ou seja, um empréstimo de um sócio que não precisa de garantias.

Já segundo informação do jornal Público, a Azul alega que a contestação judicial movida pela TAP tem “um único propósito: enriquecer ilicitamente à conta do sacrifício do direito à propriedade privada da Azul e da ALAB”, que faz parte do mesmo grupo. “Estamos perante um verdadeiro golpe visando enganar e prejudicar as rés, da qual esta ação judicial e o tribunal são meros meios e instrumentos para atingir aquele fim”, defendeu, em tribunal, a empresa brasileira, citada pelo diário nacional.

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