Amado e Mexia são os nomes propostos para liderar a EDP nos próximos três anos

São os nomes propostos para chairman e presidente executivo, respetivamente
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Luís Amado e António Mexia são os nomes propostos para chairman e para presidente executivo da EDP para o triénio 2018-20, respetivamente, pela China Three Gorges e outros acionistas, segundo notas enviadas pela empresa à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), publicadas poucos minutos antes da meia-noite.

A assembleia geral de acionistas agora convocada pelo núcleo duro de acionistas está marcada para o próximo dia 5 de abril. No ponto nove da agenda de trabalhos está a eleições dos órgãos sociais do grupo, do Conselho Geral e de Supervisão ao Conselho de Administração Executivo.

Ao fim de onze anos como presidente executivo da EDP, António Mexia deverá assim continuar à frente da empresa, pelo menos até 2020, de acordo com a proposta do maior acionista da EDP, a China Three Gorges (e da Oppidum Capital, Senfora, Fundo de Pensões do Grupo Millennium BCP e Sonatrach).

Saliente-se que a continuidade de António Mexia foi colocada em causa pelo facto de este ter sido constituído arguido na investigação do Ministério Público aos contratos entre o Estado e a EDP sobre rendas garantidas (os chamados CMEC), mas a China Three Gorges sempre reiterou "total confiança" em Mexia.

Por sua vez, Luís Amado, ex-ministro do governo de José Sócrates, será o presidente do Conselho Geral e de Supervisão (chairman), onde era já o número dois, atrás de Eduardo Catroga.

Refira-se que a China Three Gorges é a principal acionista da EDP, com 23,3% do capital, seguindo-se a americana Capital Group, 12%, a BlackRock, também dos EUA, com 5%, os chineses da CNIC, 3,02%, a State Street, 2%, sendo que ainda há representantes portugueses, de Espanha, Argélia e dos Emirados Árabes Unidos.

Conselho de Ambiente e Sustentabilidade

Na Assembleia Geral de acionistas serão eleitos também os cinco membros do Conselho de Ambiente e Sustentabilidade para o triénio 2018/20.

O conselho de administração executivo propõe, além de José Manuel Viegas para presidente, António Gomes de Pinho, Joana Pinto Balsemão, Joaquim Poças Martins e Pedro Oliveira para vogais, sublinhando que os nomes propostos são "personalidades de reconhecida competência na área da defesa do Ambiente".

Outro ponto da ordem de trabalhos é a política de remuneração dos órgãos sociais.

Com Lusa

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