El Corte Inglés vai negociar saída de ex-presidente do conselho diretivo
O presidente da empresa de retalho espanhola El Corte Inglés, Jesús Nuno de la Rosa, pretende chegar este domingo a um acordo pacífico para a saída do conselho diretivo do ex-presidente Dimas Gimeno.
De acordo com fontes citadas pelo jornal espanhol El Mundo , Gimeno podia exigir o pagamento de um acordo para a sua saída, apesar de para a empresa não existirem provas ligadas a este pedido de demissão, e que "é normal que o presidente se reúna com os conselheiros antes do encontro".
Nos últimos tempos têm sido vividos momentos de agitação no grupo de grandes armazéns, que contemplou com uma reunião extraordinária em junho na qual foi votada a destituição de Gimeno do cargo de presidente e uma disputa em tribunal com as respetivas primas Marta e Cristina Álvarez, que também integram o conselho.
Na reunião do próximo domingo deverão ser discutidas três incógnitas: a possível saída de Gimeno do conselho diretivo (na qual basta o voto de uma maioria simples), a renovação do mandato de cinco anos a três membros (Florencio Lasaga, contemporâneo do antigo presidente Isidoro Álvares, Carlos Martínez Echevarría e Paloma García Peña. esta última representante do conselho de acionistas Cartera Mancor) e a aprovação das contas do último ano e da remuneração dos membros do conselho de administração.
No último mês de julho o investidor do Qatar, que também integra o conselho, converteu em ações o empréstimo de mil euros concedido pela empresa há três anos. A sua comparticipação de 10% poderia ter aumentado 2,25%, mas no final optou-se por cobrar em dinheiro essa parte.
Em 2017 o El Corte Inglés melhorou as suas receitas em 2,8%, para quase 16 mil milhões de euros.
Em Portugal o El Corte Inglés tem presença em Lisboa e em Vila Nova de Gaia.