O Relatório do Conselho das Finanças Públicas, hoje divulgado, sobre a evolução orçamental até ao final do primeiro trimestre analisa os desenvolvimentos orçamentais do sector das administrações públicas até ao final de março deste ano..Segundo o documento, o défice orçamental no final do primeiro trimestre de 2017 foi de 2,1% do PIB - o mesmo valor apurado pelo Instituto Nacional de Estatística -, fixando-se em 966 milhões de euros..A comparação com o mesmo período de 2016 evidencia uma melhoria homóloga de 490 milhões de euros (equivalente a 1,2 pontos percentuais do PIB)..De acordo com a instituição liderada por Teodora Cardoso, o aumento da receita, em particular dos impostos indiretos e contribuições sociais, foi fundamental para esta variação.."A despesa no seu conjunto observa um acréscimo de 66 milhões de euros", acrescenta o Conselho de Finanças Públicas, referindo, no entanto, que estes valores não refletem qualquer eventual impacto decorrente da recapitalização da CGD, que se iniciou no primeiro trimestre de 2017..A entidade nota que, no passado recente, o défice no primeiro trimestre tem vindo a revelar-se superior ao registado nos restantes trimestres do ano.."O resultado obtido pode, assim, ser considerado como uma indicação positiva para o cumprimento da meta fixada pelo Governo para o défice orçamental: 1,6% do PIB no Orçamento do Estado para 2017 e 1,5% no Programa de Estabilidade 2017-2021", refere..A dívida pública na ótica de Maastricht, por sua vez, fixou-se em 130,5% do PIB no primeiro trimestre de 2017, o que compara com 130,3% no final de 2016, tendo em termos absolutos se verificado um aumento de 2,426 mil milhões de euros..O cumprimento do objetivo para o rácio da dívida no final de 2017 fixado no Programa de Estabilidade 2017-2021 implica uma diminuição de 2,6 pontos percentuais do PIB no conjunto dos próximos três trimestres, avisa.