Crise pandémica? Apple é a primeira empresa "two-trillion-dollar" em Wall Street
É uma barreira impressionante e praticamente inédita. A empresa que fez de Steve Jobs um ícone cultural e mudou as comunicações móveis em 2007 com o lançamento do iPhone, ultrapassou esta quarta-feira a barreira dos 2 biliões de dólares (triliões na escala curta usada pelos norte-americanos) em termos de capitalização de mercado.
O feito inédito em Wall Street e único para uma empresa norte-americana repete aquele conseguido no final de 2019 pela saudita que opera no mercado do petróleo Saudi Aramco - uma avaliação que foi sol de pouca dura.
O registo repleto de simbolismo aconteceu hoje, 19 de agosto, às 7h53, hora do Pacífico (15h53 em Portugal Continental), com as ações da Apple a chegarem aos 467,77 dólares por ação.
Gerida desde 2011 por Tim Cook - escolhido por Jobs para liderar a empresa -, a Apple tem batido recordes em vendas, em lucros e em dinheiro guardado no banco e é agora a tecnológica mais valiosa do planeta. A empresa californiana conseguiu em 2018 chegar ao bilião de dólares em valor de mercado e, em apenas dois anos, valorizou o dobro mesmo durante a pandemia e a crise mundial que se seguiu.
Depois de ter estado perto de falir em 1997, quando Jobs voltou à empresa, a Apple tem tido um crescimento vertiginoso e os resultados surpreendentes em tempos de pandemia apresentados a 30 de julho fizeram as ações disparar 22%. Com crescimento das vendas em iPhone, Mac, iPad e os wearables (onde se destacam os AirPods e o Apple Watch), bem como nos serviços, a Apple irá em breve fazer uma operação técnica chamada de "stock split", em que cada ação é dividida por quatro, para tornar o título mais apetecível a uma gama maior de investidores.