CGD chumba nos testes de stress. Recapitalização vai cobrir insuficiências

Capitalização já aprovada por Bruxelas vai resolver fragilidade detetadas no cenário mais adverso colocado nos testes do BCE
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A Caixa Geral de Depósitos chumbou nos testes de stress do Banco Central Europeu, no cenário mais adverso, avança hoje o Jornal de Negócios, que explica que a recapitalização já aprovada por Bruxelas vai "apagar" este chumbo.

As insuficiências foram apontadas no cenário mais adverso dos testes, ou seja, aquele em que é testada a capacidade de resistência dos bancos face a choque económicos agressivos, salienta o jornal económico - como no caso de uma recessão acumulada no PIB de 5,3% nos próximos 3 anos, a par de uma desvalorização do preço das casas na ordem dos 12% entre 2016 e 2018.

Neste cenário, a CGD precisaria de dois mil milhões de euros. Um valor compensado uma vez que o plano de recapitalização ronda os 5.200 milhões de euros, um envelope financeiro já aprovado por Bruxelas e para o qual o Estado contribuiu com 2700 milhões.

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Ontem, num jantar na Universidade de Verão do PSD, o ex-presidente social-democrata Luís Marques Mendes considerou que existe "muito boa gente" no PS e no PSD interessada em que não se investigue o que se passou na gestão da CGD.

Respondendo a uma questão colocada pelos 'alunos', Marques Mendes recordou que a atual situação da Caixa Geral de Depósito decorre de prejuízos criados ao banco público, sobretudo por uma dezena de operações de financiamento concedidas entre 2005 e 2010.

Marques Mendes reconheceu ainda que o processo de recapitalização teve uma "parte final" que acabou por ser positiva, com o Estado a só colocar na Caixa 2,7 mil milhões de euros.

Com Lusa

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