Bruno de Carvalho expulso de sócio do Sporting
Os sócios decidiram de forma clara: 69,30% dos votantes decidiram-se pela expulsão do antigo presidente. Isto numa Assembleia Geral do Sporting com alguns momentos de tensão e em que alguns associados falaram de alegadas irregularidades, entretanto refutadas pelo presidente da MAG.
Está decidido. O ex-presidente Bruno de Carvalho foi expulso de sócio do Sporting numa Assembleia Geral realizada este sábado no pavilhão João Rocha, no qual votaram 5190 associados, num total de 29 414 votos.
Os resultados anunciados por Rogério Alves, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), foram claros, pois 69,30% dos sportinguistas votaram pela expulsão, enquanto 29,79% votaram a favor do recurso de Bruno de Carvalho e pela sua consequente manutenção como associado. Também o antigo vice-presidente Alexandre Godinho também foi expulso de sócio na Assembleia Geral deste sábado, por 68,05% dos votos.
Questionado sobre a possibilidade de Bruno de Carvalho poder regressar um dia a sócio do Sporting, Rogério Alves recusou-se a fazer uma apreciação, preferido apelar à "estabilidade" no clube. "Não pretendo fazer qualquer tipo de cálculo ou previsão. Todos queremos estabilidade, veremos como as coisas vão evoluir."
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A Assembleia Geral teve início por volta das 15.00 horas, com muitos sócios do Sporting a afluírem ao pavilhão João Rocha para exercerem o seu direito de voto e cerca de 40 quiseram mesmo por usar da palavra, com destaque para Alexandra Carvalho, irmã do ex-presidente, que viu Rogério Alves cortar-lhe a palavra por ter excedido os três minutos que cada associado dispunha para falar.
Alegada irregularidade e requerimentos a caminho
Foi já depois desse momento que originou muitos protestos por parte do apoiantes do Bruno de Carvalho, que se registou outra grande polémica, quando um grupo de sócios denunciou existirem irregularidades nos boletins de voto para decidir a expulsão de sócio de Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho.
Em causa estava um número que aparecia no canto inferior esquerdo de cada um dos boletins, que esses associados defendeu colocar em causa o secretismo da votação.
Rogério Alves já veio então esclarecer que não existia qualquer irregularidade, explicando que o número que surgia nos boletins tinha a ver com um procedimento de segurança por forma a evitar falsificações ou duplicações dos boletins. "Aquela numeração não permite a identificação do sócio votante", garantiu o presidente da MAG, acrescentando que "os serviços já o esclareceram por várias vezes nas diversas Assembleias Gerais".
O dirigente esclareceu ainda que este sistema já tinha sido utilizado na anterior Assembleia Geral (AG), realizada a 29 de junho, acrescentando ainda que a votação estaria a ser auditada por forma a garantir que todos os procedimentos fossem cumpridos.
Já depois de conhecidos os resultados, Alexandra Carvalho, irmã de Bruno de Carvalho, assumiu que estão a ser preparados requerimentos por causa desta alegada irregularidade. "Estamos a apresentar requerimentos. Retiraram o código de barras e mantiveram a numeração. Não é preciso ser grande informático para se chegar à pessoa que votou. É uma ilegalidade muito grande", disse, lembrando que "a história do Sporting mostra-nos que as presidências são curtinhas".
Só que não tardou muito até que surgisse outro momento de tensão no interior do pavilhão João Rocha, onde houve pedidos de demissão da direção de Frederico Varandas, e a meio da tarde alguns sócios mais exaltados, alegadamente apoiantes de Bruno de Carvalho, tentaram agredir outros associados, obrigando à intervenção dos agentes da PSP.
Veja aqui as imagens dos momentos de tensão vividos no pavilhão João Rocha: