Sporting de duas caras vence em Paços de Ferreira e regressa ao quarto lugar

Leões venceram por 2-1 em jogo da nona jornada da I Liga. Luiz Phellype adiantou o Sporting, Douglas Tanque empatou para os castores e Bruno Fernandes resolveu de grande penalidade no segundo tempo.
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Um Sporting de primeira e um Sporting de segunda. Após uma excelente primeira parte, a equipa de Silas sentiu muitas dificuldades na segunda parte e viu o Paços criar muitas dificuldades a Renan (um dos melhores em campo). O jogo acabou por ser decidido pelo capitão na marcação de uma grande penalidade a castigar uma mão na bola (difícil de explicar) de Luiz Carlos. Os leões conquistaram assim mais três precisos pontos e regressaram ao quarto lugar da I Liga, naquele que foi o quinto triunfo de Silas à frente da equipa leonina.

Stefan Ristovski foi novidade no onze leonino. O jogador macedónio foi aposta de Silas para a visita dos leões ao terreno do Paços de Ferreira, entrando para o lugar de Valentin Rosier. Em comparação com o triunfo frente ao Vit. Guimarães, o técnico mudou também no ataque: Luiz Phellype é titular no regresso a Paços de Ferreira, no lugar de Bolasie, que começou o banco.

O Sporting começou assim com um 4x2x1x3 com Jesé, Vietto e Phellype na frente, determinado em chegar cedo ao golo. Aos 12 minutos após uma entrada forte os leões chegaram ao golo num lance bem trabalhado pela equipa. Bruno Fernandes, depois de tirar uma adversário da frente, cruzou para Luiz Phellype aparecer sem marcação e fazer o 1-0. O avançado não marcava desde o jogo com o Rio Ave da 4.ª jornada.

Do lado do Paços, Pepa mudou a defesa e lançou Oleg Reabciuk no lugar de Marco Baixinho e Murilo no lugar de Uilton Silva e começou o jogo muito inseguro na defesa e irregular no ataque. Na reação ao golo leonino, os nortenhos ficaram a pedir grande penalidade num lance em que Mathieu jogou a bola com a mão, mas o árbitro Rui Costa mandou jogar.

Jesé, Vietto e Phellype, apoiados nas costas pelo capitão Bruno Fernandes, criavam uma boa dinâmica de ataque colocando muitas dificuldades à defesa do Paços. Competentes e assertivos no passe, os leões jogavam a toda a largura do campo, chamando os laterais (Acuña e Ristovski ) a jogo e criando uma dinâmica interessante. A equipa de Silas terminou a primeira parte com 68% de posse de bola e cinco remates à baliza.

Vantagem magra e Renan e evitar o empate enquanto pode

A vantagem era magra para os leões, que viram os castores regressar com tudo para o segundo tempo. Se não fosse uma grande intervenção de Renan aos 47 minutos o Paços tinha feito o empate a remate de Bruno Santos. No minuto a seguir a bola voltou a rondar a baliza do Sporting, mas a defensiva resolveu para canto. Encolheu-se o Sporting perante o atrevimento da equipa de Pepa e Murilo quase surpreendia Acuña obrigando o argentino a ceder canto.

Nesta fase o Paços marcava em cima desde a grande área leonina e o Sporting sentia dificuldades em fazer circular a bola até aos homens da frente, recorrendo a passes longos de fácil resolução para a defesa pacense. O capitão tentou sacudir a pressão e surpreender de longe Ricardo Ribeiro, mas o guarda-redes mostrou atento na baliza.

Pepa sentia que o empate era possível e meteu em jogo Douglas Tanque para dar mais agressividade ao ataque. Silas respondeu com Bolasie (para o lugar de Jesé), que assim que entrou criou logo uma oportunidade de golo, mas depois morreu para a partida.

Mais agressivos sobre a bola a meio campo, os castores chegavam a zonas mais ofensivas. Tanque Silva tentou surpreender Renan de muito longe, mas não conseguiu. O guarda-redes leonino era cada vez mais protagonista e logo depois teve uma intervenção decisiva a remate de Bruno Santos, o lateral que já na primeira parte tinha estado perto do golo. Adivinha-se o golo dos castores. Há terceira Renan nada pode fazer para evitar o golo de Douglas Tanque. A defesa do Sporting, fica mal no lance, com o avançado cabecear muito perto da baliza.

No entanto nem deu tempo para o Paços festejar o empate e já o Sporting estava de novo na frente. Chamado a marcar uma grande penalidade, por mão de Luiz Carlos na bola, após a marcação de um canto, o capitão fez o 2-1 com classe e recolocou a equipa em vantagem. Silas sentiu o adversário inquieto e resolveu meter em jogo dois defesas (Borja e Ilori) para segurar o resultado com três centrais.

O Sporting segurou assim o quarto lugar, com 17 pontos, menos sete do que o líder e campeão nacional Benfica, enquanto o Paços de Ferreira, que somou o terceiro jogo sem vencer na prova, permanece no 17.º e penúltimo lugar, com cinco.

FIGURA

Bruno Fernandes. O capitão voltou a ser decisivo, com uma boa exibição, uma assistência e um golo. Ele deu o primeiro aviso logo aos três minutos de jogo, depois jogou nas costas dos três avançados, recuperou bolas, ajudou a defender, apareceu na ala para cruzar e aventurou-se no remate. Esteve no primeiro golo do Sporting, cruzando para a finalização de Luiz Phellype e foi decisivo ao marcar uma grande penalidade aos 79 minutos, que deu a vitória do Sporting.

VEJA OS GOLOS

FICHA DE JOGO

Jogo no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira.

Paços de Ferreira - Sporting, 1-2.

Marcadores: 0-1, Luiz Phellype, 11 minutos; 1-1, Douglas Tanque, 74': 1-2, Bruno Fernandes, 79' (grande penalidade).

Equipas:

Paços de Ferreira: Ricardo Ribeiro, Bruno Santos, Bruno Teles, André Micael, Oleg Reabciuk, Diaby (Douglas Tanque, 58), Pedrinho, Luís Carlos, Murilo (Dadashov, 80), Hélder Ferreira (Zé Uilton, 65) e Welthon.

Treinador: Pepe.

Sporting: Renan Ribeiro, Ristovski, Coates, Mathieu, Acuña (Tigo Ilori, 88), Doumbia, Bruno Fernandes, Vietto, Eduardo, Jesé (Bolasie, 65) e Luís Phellype (Borja, 81).

Treinador: Jorge Silas.

Árbitro: Rui Costa (AF Porto).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Murilo (29), Ristovski (43), Diaby (50), Acuña (60), Pedrinho (61), Oleg Reabciuk (62), Coates (64), Doumbia (69), Luiz Carlos (76), Borja (84), Renan Ribeiro (87) e Eduardo (90+3).

Assistência: cerca 3500 espetadores

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