Trump sugere à FIFA que autorize a Rússia a competir para ajudar Putin a anunciar fim da guerra na Ucrânia
Guerra na Ucrânia, exclusão da Rússia das competições internacionais e a presença do Irão para o Mundial 2026 marcaram a primeira reunião entre o presidente da FIFA, Gianni Infantino, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, para tratar de pormenores da organização do Mundial de Clubes, que se realiza em julho, e do Mundial2026, que será organizado juntamente com Canadá e México.
Na conferência de Imprensa conjunta, Infantino corrigiu Trump quando o líder norte-americano disse que a participação da Rússia no Mundial poderia ser um bom incentivo para cessar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. O presidente da FIFA interrompeu de imediato para avisar que a delegação russa foi excluída devido ao conflito iniciado em fevereiro de 2022.
"Não sabia disso. É verdade?", perguntou Trump, com Infantino a reafirmar que a seleção russa está banida. Foi então que presidente dos EUA lembrou que o alívio das sanções poderia ajudar Putin a tomar a decisão de anunciar o fim do conflito armado na Ucrânia.
Presente ao lado ao lado do presidente Donald Trump para esclarecer algumas questões relacionadas com o Mundial de 2026, o vice-presidente DJ Vance disse que os adeptos que pretendam viajar para os EUA para assistir aos jogos do Campeonato do Mundo serão "bem-vindos", mas deixou um aviso: se ficarem mais tempo do que o permitido pelos vistos de entrada, serão deportados.
"Claro que toda a gente será bem-vinda para ver este evento maravilhoso. Queremos que venham e celebrem, queremos que vejam os jogos. Mas quando o tempo acabar, queremos que vão para casa, caso contrário, terão de falar com a secretária Noem", afirmou o vice-presidente, fazendo referência a Kristi Noem, secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Sean Duffy, secretário dos Transportes, reforçou essa ideia: "Se vierem ver futebol, fazer uma viagem de carro, conhecer os EUA, não ultrapassem o tempo previsto no vosso visto, não fiquem tempo a mais."
E o Irão? Seleção apurada, mas impedida de entrar nos EUA
A seleção iraniana já está apurada para o Mundial 2026, mas as tensões entre o governo do Irão e o dos Estados Unidos deixaram dúvidas sobre a participação de Mehdi Taremi e companhia. De acordo com alguns órgãos de comunicação social americanos, Donald Trump está a ponderar proibir a entrada de cidadãos de 43 países, incluindo iranianos.
Há pouco mais de um ano, a Indonésia, sede do Campeonato do Mundo de sub-20, decidiu não permitir a entrada da seleção de Israel e a FIFA decidiu transferir o torneio para a Argentina, uma medida que não será de todo viável para o Mundial 2026. Em cima da mesa estará a possibilidade do Irão jogar sempre no México ou no Canadá, os coanfitriões do torneio.
Uma preocupação extra para o presidente do Comité Organizador do evento, Andrew Giuliani, filho de Rudy Giuliani, antigo mayor (presidente da câmara de Nova Iorque), advogado e conselheiro de Trump.