Mundial de Clubes. Triunfo histórico do Benfica sobre o Bayern vale apuramento para os oitavos de final
Ao 14.º encontro, o Benfica venceu o Bayern Munique, por 1-0. Um triunfo histórico, o primeiro desde que os dois clubes se cruzaram pela primeira vez em 1976, construído com muita organização, um golo de Schjelderup e uma enorme exibição de Trubin.
As águias apuraram-se assim para os oitavos de final do Mundial de Clubes e como... vencedores do grupo C. O próximo adversário será o segundo classificado do Grupo D, posição atualmente ocupada pelo Chelsea.
Esta terça-feira, na terceira jornada do Grupo C, no Estádio Bank of America , na Carolina do Norte, Vicent Kompany apostou num onze com dois portugueses (Raphaël Guerreiro e João Palhinha) e na estreia de Tom Bischof pelo Bayern Munique. O internacional alemão foi reforço de verão a custo zero, depois de terminar contrato com o Hoffenheim a 30 de junho, mas os bávaros optaram por pagar 300 mil euros ao antigo clube para poder contar com o jovem de 19 anos durante este Mundial de Clubes.
O Benfica entrou bem no jogo e antes dos 10 minutos de jogo, Di María testou a atenção de Manuel Neuer, naquela que foi a primeira oportunidade de golo na partida. O 1-0 não demoraria, resultado de uma grande jogada da equipa de Bruno Lage, que apostou na dupla Leandro Barreiro e Renato Sanches - um dos quatro jogadores que já representaram ambos os clubes - para fazer de Florentino.
Aos 13 minutos, Aursnes galgou terreno e cruzou para Prestianni, que não conseguiu desviar, mas a bola sobrou para Schjelderup, que finalizou com tranquilidade. O golo representa o sucesso da estratégia de Lage e a forma como estava a conseguir neutralizar a ofensiva bávara, com organização e boas saídas em transição, que lhe permitia ir à procura do 2-0. Pavlidis chegou a isolar-se, mas enrolou-se na bola e caiu na área, ficando a pedir grande penalidade, mas o árbitro mandou jogar.
Depois da pausa para os jogadores se refrescarem - estavam 36 graus em Charlotte -, os bávaros conseguiram aproximar-se da área de Trubin. Primeiro foi Leroy Sané a rematar por cima da baliza e depois Thomas Müller, que se atrapalhou e não criou tanto perigo assim. E, pela primeira vez em 14 encontros com o Bayern em mais de 50 anos, o Benfica saiu para o intervalo em vantagem no marcador. Uma vantagem que apesar de magra era histórica.
Trubin enorme vezes três...
Kompany tinha confidenciado na véspera que queria acabar líder e regressou do intervalo com três novos jogadores. Joshua Kimmich, Michael Olise e Harry Kane deram outra dinâmica aos germânicos que intensificaram a procura pelo empate. Aos 51 minutos, Leroy Sané apareceu isolado na cara de Trubin, que saiu dos postes e fez uma grande defesa, emergindo como grande figura do jogo.
Por esta altura, o Auckland City empatava o jogo frente ao Boca Juniors, deixando o Benfica ainda mais seguro no jogo, mas Kimmich era um perigo à solta e viu o árbitro anular-lhe um golo aos 61 minutos. Kane em posição de fora de jogo estava a tapar a visão de Trubin.
Depois de uma bola no poste, Bruno Lage respondeu com uma dupla turca: Kökçü com quem se tinha desentendido no jogo anterior e Aktürkoglu, que entrou com tudo e quase ampliou o marcador. Depois só deu Bayern e... Trubin. O guarda-redes ucraniano impediu o empate até ao fim, contrariando as intenções de Pavlovic e Leroy Sané, mantendo o Benfica no Mundial de Clubes - prova em que já assegurou quase 20 milhões de euros.
isaura.almeida@dn.pt