"Tristes" por não chegarem às medalhas, João Ribeiro e Messias Baptista conseguem diploma olímpico em K2 500 metros
EPA/ALI HAIDER

"Tristes" por não chegarem às medalhas, João Ribeiro e Messias Baptista conseguem diploma olímpico em K2 500 metros

Canoístas portugueses sextos classificados na final de K2 500 metros. Décimo diploma olímpico para Portugal.
Publicado a
Atualizado a

Os canoístas João Ribeiro e Messias Baptista concluíram a final de K2 500 metros em sexto lugar, em 1:27.82, conseguindo mais um diploma olímpico para Portugal.

A Alemanha sagrou-se campeã olímpica, com 1:26.87. A Hungria (1:27.15) levou a medalha de prata e a Austrália (1:27.29) a de bronze.

Nas bancadas, a assistir à prova, esteve o primeiro-ministro Luís Montenegro.

Este é o décimo diploma olímpico para Portugal, depois de Ricardo Batista (6.º no triatlo), Vasco Vilaça (5.º no triatlo), Inês Barros (8.ª no tiro com arco), Gabriel Albuquerque (5.º na ginástica de trampolins), Nélson Oliveira (7.º no contrarrelógio do ciclismo de estrada), Ricardo Batista, Melanie Santos, Vasco Vilaça e Maria Tomé (5.º estafeta mista de triatlo), Carolina João e Diogo Costa (5.º na vela), Patrícia Sampaio, sendo que esta última também venceu a medalha de bronze no judo, e Iúri Leitão, vice-campeão olímpico no omnium do ciclismo de pista.

Esta foi ainda a melhor prestação de um K2 500 masculino português em Jogos Olímpicos, superando o 11.º de Joaquim Queirós/Rui Fernandes, em Atlanta1996.

Tristeza por não chegar a uma medalha

João Ribeiro e Messias Baptista assumiram a tristeza por terem falhado a medalha em K2 500 metros dos Jogos Olímpicos Paris2024, mas deram os parabéns aos cinco barcos que foram melhores na final.

Campeões do mundo em título na distância, os portugueses foram sextos, em 1.27,82 minutos, numa corrida ganha pelos alemães Jacob Schopf e Max Lemke, com 1.26,87, com João Ribeiro a assumir que vinham para Paris2024 "com a ambição de levar uma medalha" do Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, onde o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, assistiu à prova.

"Claramente é a tristeza por não chegar a uma medalha, porque era esse o nosso objetivo. Queríamos muito, trabalhámos muito para estar aqui na nossa melhor forma, acho que estamos superbem. Apenas hoje os cinco barcos foram melhores e quando é assim só temos de dar os parabéns", disse o mais experiente da dupla, de 34 anos.

Apesar de ter conseguido o seu quarto diploma olímpico em outros tantos Jogos, João Ribeiro assume que, para já, ainda não consegue olhar por esse prisma positivo para a sua participação em Paris2024.

"Claro que agora impera um bocado a tristeza, por não ter chegado à desejada medalha, mas, como é óbvio, passando uns dias, certamente estarei orgulhoso de tudo o que fiz até hoje para representar bem Portugal", concedeu.

Os seis primeiros classificados da prova de hoje terminaram todos dentro do mesmo segundo, algo que já era esperado por Messias Baptista, pois já tinha acontecido "durante o ciclo olímpico todo".

"Preparámos a prova da melhor forma possível. Viemos para aqui como campeões do mundo. Os outros países claramente que não gostaram; quando não são eles a ganhar, acho que ninguém gosta. Mas fizemos os possíveis, fizemos uma boa prova, ainda não analisámos, não sabemos o que é que podíamos ter feito melhor, mas infelizmente não sorriu para nós hoje e houve cinco barcos que foram melhores e é dar os parabéns a esses cinco barcos", disse Messias Baptista, de 25 anos.

Depois de terem sido campeões mundiais em 2023, os portugueses viram as outras equipas "reforçar-se para chegarem aqui ainda em melhor forma", mas João Ribeiro assegurou que fizeram o trabalho e tudo ao "alcance para chegar aqui bem".

"Trabalhámos tudo, sabíamos tudo o que tínhamos de fazer ao milímetro, o que descansar, o que comer, o que fazer para recuperar, o que fazer na competição. Acho que fizemos tudo bem, só que cinco barcos foram melhores que nós", reiterou.

João Ribeiro e Messias Baptista juntaram-se para este ciclo olímpico, com o mais novo da dupla a dizer que "só o futuro dirá" se estarão em Los Angeles2028, mas mostrando vontade de continuar esta parceria.

"Claramente que foi um processo, nestes últimos anos, com o João que foi muito bonito, tivemos muitas alegrias, muitas tristezas. Como eu disse só o futuro dirá o que vamos fazer, espero poder continuar a contar com o João, com a experiência dele para o meu futuro", concluiu.

com Lusa

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt